Adesão das Big Techs a Trump gera debate sobre suas motivações e impactos

Adesão Big Techs a Trump: analise das motivações e impactos da aproximação entre gigantes da tecnologia e o ex-presidente. Saiba mais!
09/02/2025 às 08:35 | Atualizado há 6 meses
Adesão Big Techs a Trump
Adesão Big Techs a Trump

A Adesão Big Techs a Trump gerou debates acalorados sobre os motivos por trás dessa aproximação entre gigantes da tecnologia e o ex-presidente americano. O artigo da Folha de S. Paulo explora essa questão, analisando as ações de figuras como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, questionando se a adesão representa covardia ou oportunismo.

Bill Gates, em entrevista à Veja, declarou surpresa com a mudança para a direita de alguns pares no Vale do Silício. Ele mesmo, apesar de se encontrar com Trump, defendeu a agência humanitária USAID, em oposição a Musk, que a acusa de ser uma organização criminosa. Alguns podem especular que Gates busca se diferenciar para promover sua autobiografia recente. No entanto, é importante notar que ele já defendeu a tributação progressiva para os ultrarricos e doou US$ 100 bilhões à sua fundação.

A Adesão Big Techs a Trump se manifesta de maneiras distintas. Bezos, da Amazon, suspendeu fundos destinados à SBTi, uma iniciativa que monitora a descarbonização de empresas em alinhamento com o Acordo de Paris. Essa atitude impacta a transparência ambiental, prejudicando o controle da descarbonização. A Alphabet, controladora do Google, reverteu políticas de diversidade e inclusão, seguindo a tendência na administração americana. A empresa também flexibilizou regras na área de inteligência artificial (IA), permitindo o uso da tecnologia em sistemas de vigilância e armamentos.

Zuckerberg, antes mesmo da posse de Trump, suspendeu a verificação independente de fatos nas plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp. Essa decisão, vista como positiva por alguns libertários, gerou preocupações com a disseminação de informações falsas. A Adesão Big Techs a Trump espelha comportamentos semelhantes no Brasil, onde grandes empresários apoiaram Bolsonaro. A justificativa frequentemente apontada era o desejo de um liberal no comando da economia, mesmo que com medidas consideradas radicais.

Segundo o artigo, a Adesão Big Techs a Trump não se deve à covardia, mas ao oportunismo em defesa de interesses de classe. A busca por desregulamentação, estado mínimo e aumento da desigualdade econômica são alguns exemplos. Empresas de petróleo como Exxon, Shell, BP e Petrobras também usam essa lógica, defendendo os combustíveis fósseis como parte da transição energética, ignorando os impactos da mudança climática.

A análise da Adesão Big Techs a Trump levanta questões sobre a influência do poder econômico na política e nos rumos da sociedade. A busca por regulamentação mais rígida dessas empresas se torna ainda mais importante à luz desse cenário.

Via Folha de S. Paulo

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