Advogado americano cria startup de stablecoin lastreada na Selic e no real

Conheça a startup americana que lançou a stablecoin BRLV, lastreada na Selic e no real, para investidores internacionais.
19/12/2025 às 13:02 | Atualizado há 2 horas
               
Galípolo, presidente do BC, mostra desconfiança em relação às stablecoins. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

John Delaney, advogado dos EUA, fundou em 2024 a startup Crown, que lançou a stablecoin BRLV totalmente lastreada no real e na taxa Selic.

A BRLV visa facilitar o acesso de investidores estrangeiros a ativos brasileiros, acumulando mais de R$ 360 milhões em subscrições e sendo a maior stablecoin de mercados emergentes.

A empresa planeja ampliar produtos e parcerias enquanto Delaney aposta na digitalização de até 8% da base monetária brasileira nos próximos dez anos.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem uma visão crítica sobre as stablecoins, apontando que o PIX já resolve com eficiência as questões que essas moedas digitais buscam solucionar. No entanto, ele reconhece a necessidade de soluções para pagamentos e investimentos transfronteiriços, espaço que a startup Crown busca explorar.

Fundada em 2024 pelo advogado americano John Delaney, a Crown lançou a BRLV, uma stablecoin 100% lastreada no real, criada para facilitar o acesso de investidores internacionais a ativos brasileiros. Delaney, que atua no mercado cripto desde 2013, observou que a taxa Selic brasileira oferece retornos superiores aos de investimentos em dólar, mesmo diante da volatilidade cambial.

A BRLV, lançada em outubro, já acumula mais de R$ 360 milhões em subscrições, o que a transforma na maior stablecoin de mercados emergentes. Seu lastro é integralmente em títulos públicos do Brasil, com uma estrutura jurídica que protege os detentores mesmo em casos extremos, conforme previsto no Genius Act.

A Crown atraiu investimentos significativos, incluindo US$ 21,6 milhões em rodadas seed e Série A, com participação de fundos importantes do setor cripto e investidores renomados. Com o capital captado, a empresa pretende ampliar seus produtos e parcerias no mercado.

Delaney espera que nos próximos dez anos até 8% da base monetária brasileira migre para o blockchain, estimando esse montante em R$ 1 trilhão. A ideia é criar uma camada digital conectando os ativos tradicionais ao mundo digital, sem substituir sistemas já existentes.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.