Um novo estudo da Liga Ventures revela que as **Agtechs no Brasil** tiveram um ano de destaque em 2024, atraindo cerca de R$ 1 bilhão em investimentos através de 39 operações de *Venture Capital*. O levantamento mapeou 831 startups ativas que estão transformando o agronegócio com tecnologias inovadoras, impulsionando a produtividade e oferecendo soluções aprimoradas para produtores e consumidores. As informações coletadas oferecem um panorama abrangente do cenário das *agtechs* no país, desde sua distribuição geográfica até o nível de maturidade e as tecnologias mais aplicadas.
O estudo aponta que 13,5% das *agtechs* foram fundadas entre 2021 e abril de 2025. As categorias de destaque, criadas entre 2020 e 2025, incluem agricultura de baixo carbono (11%), biotecnologia (9%), serviços financeiros (9%), gestão e análise de plantio (8%) e backoffice para agronegócios (7%). A pesquisa identificou 22 categorias no total, abrangendo desde biotecnologia e gestão da pecuária até nutrição de plantas e processos logísticos, demonstrando a diversidade de atuação das *agtechs* no setor.
A pesquisa também destaca a aplicação de inteligência artificial por 130 startups em suas soluções, com o objetivo de promover a agricultura de precisão, automação de irrigação, monitoramento climático, automação de maquinário, predição de doenças e análise de dados agrícolas. Essa utilização de *IA* reforça o potencial das *agtechs* em otimizar processos e aumentar a eficiência no campo.
São Paulo lidera a distribuição de startups ativas, concentrando 44% do total, seguido por Paraná (11%), Minas Gerais (10%), Rio Grande do Sul (10%) e Santa Catarina (8%). Rio de Janeiro (4%), Goiás (3%), Bahia (2%), Mato Grosso do Sul (2%), Espírito Santo (1%) e Ceará (1%) também marcam presença no cenário nacional.
A análise da maturidade das *agtechs* revela que 29% são emergentes, 30% estão estáveis, 27% são nascentes e 14% são consideradas disruptoras. Em relação às tecnologias mais utilizadas, destacam-se *Data Analytics* (38%), Banco de Dados (21%), *Big Data* (18%), Inteligência Artificial (15%) e Geolocalização (12%). O estudo também aponta que 79% das startups têm como foco o mercado *B2B*.
Os dados utilizados no estudo foram coletados pela ferramenta *Startup Scanner* da Liga Ventures, uma plataforma que acompanha dados de startups no Brasil e na América Latina. Essa ferramenta permite que empresas, pesquisadores e empreendedores compreendam as dinâmicas do mercado e identifiquem oportunidades de negócios sinérgicos.
Via TI Inside
