Na última quinta-feira (26), a Alura vira Grupo Alun, um ecossistema composto por sete unidades de negócio, 2 mil colaboradores e 3 milhões de alunos. A empresa, que em 2024 faturou R$ 560 milhões, agora está sob a liderança de Juliano Tubino, ex-CEO da RD Station e vice-presidente da Totvs nos últimos sete anos.
Paulo Silveira, co-fundador e ex-CEO da edtech, assume o cargo de CVO (Chief Visionary Officer). Segundo ele, a decisão de sucessão ocorreu devido ao crescimento da empresa e às complexidades das aquisições, como a PM3 em 2021 e a FIAP em 2022.
A meta do Grupo Alun é ambiciosa: faturar R$ 1 bilhão até 2027. Para alcançar esse objetivo, a empresa planeja unificar suas marcas e expandir sua presença regional, com polos em Porto Alegre, Brasília, Campinas e São José dos Campos. Juliano Tubino destaca que a união representa o passado, o presente e o futuro da empresa.
O novo CEO também enfatiza que as empresas do grupo manterão sua independência, mas com o objetivo de criar uma rede colaborativa para atender às necessidades dos alunos e do mercado. A ideia é oferecer suporte contínuo aos alunos em suas carreiras, seja para novos empregos ou para o desenvolvimento de habilidades específicas.
Alexandre Leão, sócio da Crescera Capital, ressalta que o foco em tecnologia foi crucial para o sucesso da Alura. Ele acredita que a especialização em uma área do saber permite oferecer soluções mais completas e alinhadas com o mercado de trabalho.
Além da reestruturação e das metas de crescimento, a Alura vira Grupo Alun e apresenta novidades para seus alunos: o Talent Lab Alun, a Comunidade Alun e o Alun+. Esses programas visam conectar estudantes com o mercado e entre si, oferecendo mentorias, networking e convites para eventos exclusivos.
Juliano explica que a empresa já engaja cerca de 150 a 160 mil pessoas em suas atividades. Com essa nova estrutura, a Alura vira Grupo Alun e busca aproximar ainda mais alunos, líderes de tecnologia e empregadores, criando um ecossistema de aprendizado e desenvolvimento profissional.
De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Tecnologias Digitais (Brasscom), o Brasil deve gerar 147 mil novas vagas no setor de tecnologia em 2025. No entanto, o país forma apenas 53 mil profissionais anualmente, resultando em um déficit crescente de mão de obra qualificada.
Essa lacuna no mercado representa uma oportunidade para o Grupo Alun, que pretende formar 15 milhões de brasileiros em áreas correlatas até 2030. Juliano Tubino reforça que a educação em tecnologia é essencial para o desenvolvimento do país e que a empresa está otimista em relação ao futuro.
Via Forbes Brasil
