Ambipar (AMBP3) planeja desdobramento de ações 1 para 10

Ambipar propõe desdobrar ações na proporção de 1 para 10 após crescimento significativo de 600% no último ano.
11/07/2025 às 19:04 | Atualizado há 5 dias
Desdobramento de ações da Ambipar
Ambipar propõe desdobrar ações na proporção de 1 para 10 após alta na bolsa. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Ambipar (AMBP3) anunciou a proposta de desdobramento de ações da Ambipar na proporção de 1 para 10. O anúncio foi feito em um documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (11), em meio à alta das ações da empresa na bolsa de valores. A proposta será votada em assembleia geral extraordinária agendada para 4 de agosto de 2025.

A companhia indicou que o desdobramento de ações da Ambipar tem como objetivos principais aumentar a liquidez das ações ordinárias e ajustar a cotação, tornando o preço por ação mais acessível a um número maior de investidores. Essa manobra societária busca, portanto, democratizar o acesso aos papéis da empresa.

As ações da Ambipar tiveram uma valorização significativa no último ano, saltando de R$ 8 para R$ 162, representando um aumento de 600%. Em um período maior, desde as mínimas de 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo 1700%. Esse aumento teve início em maio de 2024, impulsionado pelas compras realizadas pelo controlador da empresa e pelo programa de recompra de ações da própria Ambipar.

A entrada de fundos da Trustee também contribuiu para essa valorização, resultando em um short squeeze, onde investidores que apostavam na queda das ações foram forçados a recomprá-las, intensificando ainda mais a alta. No mês anterior, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) declarou que essa valorização foi resultado de uma ação coordenada entre Tercio Borlenghi Junior, controlador da empresa, fundos ligados ao Banco Master e o empresário Nelson Tanure.

A CVM determinou a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações remanescentes na B3. De acordo com a CVM, as compras em conjunto e a consequente valorização das ações estão relacionadas à privatização da EMAE. Nelson Tanure adquiriu a estatal de energia paulista em abril de 2024 e utilizou ações da Ambipar como garantia para financiar essa aquisição, com Tercio Borlenghi atuando como fiador da transação.

Segundo a CVM, as aquisições coordenadas das ações da Ambipar, que resultaram em sua expressiva valorização, criaram as condições necessárias para a formação das garantias que financiaram a EMAE e para a valorização do patrimônio de Tercio.

Via Money Times

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