Americanas muda estratégia e reduz foco no e-commerce para fortalecer lojas físicas

Americanas reduz vendas online e investe em lojas físicas para enfrentar concorrência e renovar negócios.
14/11/2025 às 16:42 | Atualizado há 1 semana
               
E-commerce da Americanas
GMV da operação digital recua 74,6% no terceiro trimestre de 2024, alcançando R$ 167 mi. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A Americanas, empresa pioneira no e-commerce brasileiro desde 1999, decidiu reduzir a prioridade nas vendas online após enfrentar uma queda de 74,6% no volume bruto de vendas digital no terceiro trimestre de 2023. A estratégia visa fortalecer as operações nas lojas físicas e diminuir a competição com grandes varejistas digitais como Amazon e Mercado Livre.

O novo diretor-presidente da Americanas, Fernando Soares, destaca que a mudança inclui a redução do marketplace e do número de vendedores no portal online, enquanto mantém o foco na otimização das lojas físicas, que demonstram estabilidade nas vendas. A receita líquida apresenta leve queda, mas as margens da operação física melhoraram significativamente.

Além disso, a empresa está diminuindo a quantidade de lojas, renegociando custos e vendendo alguns ativos, como a Uni.Co, para equilibrar as finanças. Especialistas apontam que a priorização do varejo físico pode gerar caixa e resultados, apesar de algumas divergências sobre a importância de soluções omnichannel para os consumidores.
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A E-commerce da Americanas, que já foi pioneiro no Brasil desde 1999, está mudando seu foco. Após a crise de 2023, a empresa decidiu reduzir a prioridade nas vendas online. No terceiro trimestre deste ano, houve uma queda de 74,6% no volume bruto de vendas (GMV) digital, totalizando R$ 167 milhões. Essa mudança estratégica visa fortalecer as vendas nas lojas físicas da marca, diminuindo a competição com grandes players do mercado como Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre.

Segundo Fernando Soares, o novo diretor-presidente, a decisão de repensar o E-commerce da Americanas é estratégica. A empresa está diminuindo o número de vendedores em seu portal, reconhecendo que o cenário digital exige uma nova abordagem. Camille Faria, CFO da Americanas, complementa que essa estratégia já estava prevista, com a descontinuação da venda com estoque próprio e a redução do marketplace com vendedores independentes.

A receita líquida da Americanas teve uma leve queda de 1%, atingindo R$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre. No entanto, o varejo físico se manteve estável, com um GMV de R$ 3,4 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida apresentou um crescimento de 1,4%, totalizando R$ 8,6 bilhões. Apesar disso, o lucro líquido da companhia apresentou uma queda significativa de 96,4%, fechando em R$ 367 milhões, impactado por eventos não recorrentes e pela novação da dívida.

A Americanas continua a otimizar sua operação física, reduzindo o número de lojas para 1.475. Algumas unidades foram redimensionadas, especialmente em shopping centers, buscando renegociar custos de aluguel. Essa estratégia de otimização tem melhorado as margens da operação física, com um aumento de 6,5% nas vendas das lojas maduras no trimestre e 10,1% no acumulado do ano.

Alberto Serrentino, especialista da Varese Retail, concorda com a priorização da operação física, destacando que ela é geradora de caixa e resultados. Segundo ele, o grande desafio era a B2W, que consumia muitos recursos. German Quiroga, um dos criadores do portal de vendas da Americanas, discorda da estratégia, defendendo a importância de uma solução omnichannel para os clientes.

Em setembro, a Americanas vendeu a Uni.Co, detentora das marcas Puket e Imaginarium, para a Fan Store Entretenimento por R$ 152,9 milhões. A empresa busca propostas para a rede Natural da Terra, mas descarta vendê-la por qualquer preço. Caso as propostas não atendam às expectativas, a Americanas considera manter o negócio, que possui um GMV de R$ 1,8 bilhão.

Via InvestNews

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.