O ajuste no estoque do Grupo Mateus reduziu os valores declarados para R$ 4,074 bilhões em 2023, impactando negativamente o ativo circulante e o capital de giro da empresa. Essa mudança questiona a transparência das informações e a governança corporativa da companhia.
Com a revisão, o lucro operacional caiu 60%, e o ROIC despencou para 6,3%, indicando destruição de valor e risco para os investidores. O ciclo financeiro elevado mostra dificuldades para financiar a operação devido à estocagem prolongada.
Esses fatos exigem uma reavaliação detalhada das demonstrações financeiras, afetando a confiança do mercado e a percepção sobre a rentabilidade e eficiência operacional do Grupo Mateus.
O ajuste no estoque do Grupo Mateus trouxe mudanças significativas que questionam a transparência das informações contábeis e a eficácia da governança corporativa da empresa. O estoque é fundamental no varejo, pois está ligado diretamente à gestão do capital de giro e à lucratividade. Quando esse indicador sofre reclassificação bilionária e retroativa, a credibilidade da empresa fica impactada.
A correção reduziu os estoques de R$ 5,088 bilhões para R$ 4,074 bilhões em 2023, uma queda de 20%. Isso diminuiu o ativo circulante e o capital de giro operacional líquido quase em 19%, além de afetar o capital investido, que caiu 9%, comprometendo a análise da eficiência econômica da companhia.
Com o ajuste, o lucro operacional despencou 60%, de R$ 1,683 bilhão para R$ 669 milhões, enquanto o lucro bruto caiu 17%. O impacto reverberou no NOPAT, que também teve redução de 60%. O indicador ROIC caiu de 14,9% para 6,3%, sinalizando que o retorno da empresa ficou abaixo do custo de capital, indicando destruição de valor.
O ciclo financeiro do Grupo Mateus está em 64 dias, bem acima dos concorrentes, o que mostra dificuldade em financiar a operação devido à imobilização dos estoques por 61 dias, enquanto os prazos de fornecedores são menores. Isso transforma a operação em consumidora de caixa.
Esses ajustes alteram a percepção sobre a rentabilidade, liquidez e eficiência operacional, exigindo uma reavaliação profunda das demonstrações financeiras e da governança da empresa, com impactos diretos na confiança do mercado.
Via Brazil Journal