Pesquisadores identificaram uma antiga população do sul da China conhecida como povo Bo, responsável pela prática dos caixões suspensos em penhascos há mais de 3.400 anos. Esse costume funerário envolvia colocar caixões de madeira em locais de difícil acesso e teve duração até cerca de 600 anos atrás.
Análises genéticas mostraram que os indivíduos daquela época são antepassados diretos de comunidades atuais da região de Yunnan. Além disso, foram encontradas conexões com populações neolíticas do sul da China e Sudeste Asiático, indicando uma continuidade cultural e biológica entre esses grupos.
A prática dos caixões suspensos tinha função espiritual e era vista como forma de proteção. Essa tradição, também presente em outros países vizinhos, reforça a importância das raízes culturais e linguísticas na história do Sul Asiático.
Pesquisadores identificaram o grupo ancestral responsável pelos caixões suspensos vistos em penhascos no sul da China. Essa prática funerária, que consiste em colocar caixões de madeira em locais quase inacessíveis, era adotada há mais de 3.400 anos por uma população conhecida como Bo. O estudo genético comparou o DNA de 11 indivíduos desses caixões com genomas de pessoas atuais e antigas da região.
Os resultados confirmam que os antigos habitantes são antepassados diretos de comunidades que ainda moram no sudoeste da China, principalmente na província de Yunnan. A tradição de enterrar os mortos em caixões fixados em falésias durou até cerca de 600 anos atrás, quando desapareceu durante a dinastia Ming.
Os pesquisadores também encontraram conexões genéticas entre esse povo e outras populações neolíticas que viviam há 4.000 a 4.500 anos nas costas do sul da China e Sudeste Asiático. Esses laços confirmam uma continuidade cultural e biológica que ultrapassa as fronteiras atuais.
A prática de caixões suspensos, realizada com entalhes móveis e estacas, tinha função espiritual e de proteção. Um registro da dinastia Yuan indica que caixões mais altos eram considerados auspiciosos, e quedas eram vistas como bons sinais.
Além da China, costumes semelhantes existiram em países como Tailândia, Laos e Vietnã. A pesquisa sugere que os descendentes do povo Bo pertencem a uma antiga ramificação linguística Tai-Kadai, predecessora das populações majoritárias do Sul Asiático. Esse estudo aumenta o entendimento das tradições funerárias e das conexões históricas da região.
Via Super