Bryan Johnson, um empreendedor visionário, construiu um patrimônio de cerca de US$ 400 milhões ao vender a Braintree, plataforma que revolucionou os pagamentos digitais e se tornou conhecida pelo controle do Venmo. Aos 47 anos, ele embarcou em um projeto ambicioso: reverter o envelhecimento, investindo mais de US$ 2 milhões anualmente em uma rotina de saúde extrema. Mas, como ele acumulou essa fortuna?
O espírito empreendedor de Johnson surgiu na universidade, onde vendia celulares para financiar seus estudos. Em 2007, ele fundou a Braintree, focada em simplificar pagamentos móveis e online para empresas, que cresceu rapidamente, atingindo um aumento anual superior a 4.000%.
Em 2012, a Braintree adquiriu o Venmo por US$ 26,2 milhões. O Venmo se tornou um sucesso entre os jovens, facilitando as transferências bancárias. Em 2013, Johnson vendeu a Braintree para o PayPal por US$ 800 milhões, recebendo aproximadamente US$ 300 milhões após impostos. Após a venda, ele criou o OS Fund, um fundo de risco com US$ 100 milhões para startups científicas e tecnológicas.
Após a venda da Braintree, Johnson criou o OS Fund, um fundo de capital de risco com US$ 100 milhões destinados a financiar startups científicas e tecnológicas, especialmente em áreas como biotecnologia, inteligência artificial e neurotecnologia. Entre as empresas apoiadas estão a Ginkgo Bioworks e a Kernel, esta última focada em neurotecnologia para medir e interagir com sinais cerebrais, um campo com potencial para revolucionar tratamentos para doenças neurológicas.
Foi com o Projeto Blueprint que Johnson realmente chamou atenção pela originalidade. Trata-se de um regime rigoroso e científico, que envolve o monitoramento diário de mais de 100 biomarcadores do corpo por uma equipe de mais de 30 médicos e cientistas. O objetivo é reverter o envelhecimento dos órgãos e otimizar a saúde ao máximo.
A Rotina de Bryan Johnson começa entre 4h30 e 6h, acordando sem despertador. Ele verifica sua temperatura corporal, que geralmente é de 35,3 °C, indicando um metabolismo eficiente. Para regular seu ritmo circadiano, ele utiliza uma lâmpada que simula a luz solar, aumentando a produção de vitamina D e melhorando seu humor.
O café da manhã de Johnson é vegano e rigoroso, com cerca de 2.250 calorias consumidas em cinco horas (6h-11h). Ele evita açúcar, alimentos processados, frituras, glúten, laticínios e álcool. Sua dieta inclui uma mistura de brócolis, couve-flor, lentilhas, cogumelos, alho e gengibre, além de um pudim de nozes com proteína de colágeno e frutas vermelhas.
A suplementação é composta por 91 pílulas diárias, incluindo ferro, vitamina C e suplementos do Blueprint. Além da alimentação, a Rotina de Bryan Johnson inclui 30 a 60 minutos de exercícios que combinam cardio, HIIT, musculação e flexibilidade. Ele eleva sua frequência cardíaca a 160-170 bpm, seguido de descanso, e realiza caminhadas diárias.
A rotina também engloba terapias de luz azul, dispositivos para prevenir olhos secos, colírios para catarata e técnicas para evitar a perda de cabelo. Johnson acredita que priorizar sono, exercícios e evitar hábitos prejudiciais são fundamentais, democratizando os princípios do Blueprint para todos.
O custo desse regime é de mais de US$ 2 milhões anuais, incluindo equipamentos, terapias e equipe médica. Johnson lançou uma versão pública do protocolo, permitindo que as pessoas apliquem os conceitos por valores entre US$ 1.000 e US$ 1.500 mensais. Ele afirma ter reduzido sua idade biológica em 9,2%, considerando-se a pessoa mais saudável do mundo com base em dados quantitativos.
A busca pela longevidade e otimização da saúde é uma jornada que requer disciplina e investimento, mas Bryan Johnson mostra que é possível alcançar resultados notáveis com a combinação certa de ciência e hábitos saudáveis.
Via Exame