Um estudo da Afferolab revelou que somente 16% dos líderes empresariais desenvolveram agentes de inteligência artificial em suas organizações. Apesar de 68% conhecerem as ferramentas de IA, poucos aplicam esses recursos na prática para gerar resultados concretos.
A pesquisa destaca a necessidade de investir no desenvolvimento de competências em IA para as lideranças. Essa lacuna entre conhecimento e aplicação reflete desafios estruturais nas empresas, como dados fragmentados e processos pouco integrados.
Além disso, o estudo traz o conceito de maturidade algorítmica, que aponta para a importância de líderes capazes de governar sistemas inteligentes com alinhamento à cultura e valores corporativos. A inteligência artificial é vista como uma ferramenta que exige supervisão humana e propósito claro para ser efetiva.
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Um estudo recente da Afferolab revelou que apenas uma pequena parcela dos líderes empresariais implementou ativamente agentes de inteligência artificial em suas organizações. A pesquisa “SkillShot #1” indica que, embora muitos executivos estejam familiarizados com a IA, poucos conseguem traduzir esse conhecimento em aplicações práticas e resultados tangíveis.
O levantamento aponta que 68% dos entrevistados conhecem ferramentas de IA, mas não as utilizam de forma prática. Apenas 11% afirmam ter a capacidade de planejar projetos de IA e estimar seus impactos. Essa discrepância entre o conhecimento e a aplicação efetiva sugere que as empresas precisam investir no desenvolvimento de habilidades de IA de suas lideranças.
Alessandra Lotufo, sócia da Afferolab, destaca que há um descompasso entre o entusiasmo pela tecnologia e a capacidade de utilizá-la de maneira estratégica. Segundo ela, treinar uma máquina exige compreender a própria lógica de decisão, além de refletir sobre propósito e ética. A especialista enfatiza que o processo de treinar agentes de inteligência artificial demanda uma revisão das práticas de tomada de decisão e estruturação das empresas.
A pesquisa também revela que mais da metade dos participantes possui algum conhecimento sobre IA, mas sem impacto direto nos resultados. Apenas um terço das empresas relata ganhos mensuráveis com a tecnologia. Lotufo atribui isso a estruturas corporativas desorganizadas, com dados fragmentados e processos pouco integrados. Ela ressalta que a IA reflete o comportamento humano, reproduzindo padrões e valores, inclusive vieses.
O estudo introduz o conceito de Maturidade Algorítmica, que se refere à capacidade de desenvolver e governar sistemas inteligentes com consciência organizacional. Segundo Lotufo, essa competência será crucial para os líderes do futuro. Ela explica que um agente autônomo, sem compreensão dos valores da empresa, representa um risco operacional. Portanto, treinar agentes de inteligência artificial implica formar líderes capazes de traduzir princípios corporativos em códigos e decisões estruturadas.
O levantamento também identificou resistência em delegar tarefas decisórias à tecnologia. Metade dos líderes se sente desconfortável em permitir que sistemas façam avaliações de desempenho, embora 80% não vejam problema em usar a automação para calcular bônus. Essa diferença reflete o receio de perder influência sobre questões humanas, que exigem interpretação contextual e empatia. A maturidade algorítmica, segundo Lotufo, consiste em equilibrar eficiência e identidade organizacional, garantindo que as decisões automatizadas mantenham coerência com a cultura interna. Para que os agentes de inteligência artificial funcionem corretamente é necessário entender os processos internos de cada empresa.
Os resultados do “SkillShot #1” reforçam a transição para um modelo de trabalho baseado em habilidades, onde o valor profissional depende da capacidade de gerar resultados. Nesse cenário, a habilidade de interagir com sistemas inteligentes, compreender seus limites e estruturar jornadas de aprendizado mediadas por algoritmos se torna um diferencial competitivo. Empresas que dominarem o uso de agentes de inteligência artificial sairão na frente.
A Afferolab aponta que o uso produtivo da IA exige clareza de propósito, governança de dados e alinhamento entre estratégia e cultura. Lotufo destaca que, mesmo com a sofisticação tecnológica, o papel humano permanece essencial. Segundo ela, a IA amplia o que está organizado, mas também expõe lacunas e incoerências das estruturas corporativas. A evolução da IA nas empresas dependerá menos da velocidade de adoção e mais da capacidade de traduzir conhecimento em prática. É importante lembrar que os agentes de inteligência artificial precisam de supervisão humana.
A transformação tecnológica será efetiva quando as lideranças aprenderem a treinar algoritmos com propósito, coerência e consciência organizacional. Caso contrário, as empresas correm o risco de usar agentes de inteligência artificial de forma ineficiente e até prejudicial.
Via Startupi
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