Argentina realiza eleições legislativas em clima de tensão

Argentinos votam em eleições que podem definir o futuro de Milei na presidência. Confira os detalhes!
26/10/2025 às 18:25 | Atualizado há 2 semanas
               
Eleições legislativas na Argentina
Resultados das eleições começam a ser divulgados às 21h (horário de Brasília). (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Argentina está passando por mais uma rodada de eleições legislativas, vistando a avaliação das políticas de austeridade do presidente Javier Milei. O resultado pode definir o apoio popular às reformas econômicas em andamento e a qualidade de sua governabilidade.

Com o partido de Milei, La Libertad Avanza, buscando aumentar sua presença no Congresso, as eleições têm muita importância. A confiança dos investidores depende de um bom desempenho nas urnas, pois o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, já havia oferecido suporte financeiro, condicionando-o ao sucesso de Milei.

Os resultados das eleições serão divulgados durante a noite, e a expectativa é alta. Enquanto alguns eleitores apoiam as mudanças propostas, outros manifestam preocupações com o futuro econômico da Argentina. O que acontecer nas urnas pode ter repercussões duradouras para a política do país.
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A Argentina realizou mais uma rodada de eleições legislativas na Argentina, um momento crucial para testar o apoio popular às políticas de austeridade e reformas de livre mercado propostas pelo presidente Javier Milei. O resultado das urnas será determinante para a governabilidade e a continuidade das reformas econômicas em curso.

O partido de Milei, La Libertad Avanza, busca ampliar sua representação no Congresso, atualmente uma pequena minoria. O objetivo é fortalecer a confiança dos investidores na visão de Milei e assegurar o apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente ofereceu um pacote financeiro robusto à Argentina, com a ressalva de que o apoio pode ser revisto dependendo do desempenho de Milei.

“Não desistam porque estamos na metade do caminho”, declarou Milei em um evento de campanha na cidade de Rosário, buscando motivar seus eleitores e reforçar a mensagem de que seu governo está no caminho certo.

Nestas eleições de meio de mandato, metade das cadeiras da Câmara dos Deputados (127 assentos) e um terço do Senado (24 assentos) estão em jogo. Atualmente, o movimento peronista de oposição detém a maior minoria em ambas as casas, enquanto o partido de Milei ocupa apenas 37 cadeiras na Câmara e seis no Senado.

Os resultados das eleições começaram a ser divulgados a partir das 21h (horário de Brasília). Milei votou pela manhã em Buenos Aires, acenando para o público sem fazer declarações. Em diversos centros de votação, alguns eleitores manifestaram seu apoio à continuidade das reformas propostas pelo presidente.

Cecilia Juarez, uma estudante universitária de 22 anos, comentou antes de votar: “Milei está arriscando tudo por uma mudança profunda e precisa de apoio, pois não é uma tarefa fácil após anos de populismo”, referindo-se aos governos peronistas que dominaram a política argentina nas últimas décadas.

Por outro lado, Silvio Caballero, um professor universitário de 54 anos, expressou um pessimismo cauteloso: “O crescimento econômico está muito lento, não sei quando conseguiremos ser um país de primeiro mundo”. Ele preferiu não revelar em quem votou.

O governo de Milei tem impressionado a Casa Branca e investidores estrangeiros com a redução da inflação mensal (de 12,8% antes de sua posse para 2,1% no último mês), a obtenção de superávit fiscal e a aprovação de medidas de desregulamentação. No entanto, sua popularidade tem sofrido um impacto devido aos cortes nos gastos públicos e a um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã.

Axel Kicillof, governador da província de Buenos Aires, criticou as medidas de Milei, afirmando que “o ajuste de Milei foi feito com traição e crueldade” e que “eles desfrutam de cada vítima dos cortes”, durante um evento de campanha da coalizão de oposição peronista.

Analistas políticos estimam que, se o governo de Milei obtiver mais de 35% dos votos, poderá garantir apoio suficiente para bloquear tentativas da oposição de derrubar seus vetos contra leis consideradas essenciais para o equilíbrio fiscal da Argentina.

Após as eleições legislativas na Argentina, Milei indicou que pretende realizar mudanças em seu gabinete, possivelmente incluindo membros do partido centrista PRO, liderado pelo ex-presidente Mauricio Macri, um aliado frequente no Congresso. Recentemente, o ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, renunciou ao cargo.

A Casa Branca acompanha de perto a situação, especialmente devido ao possível resgate de US$40 bilhões da Argentina por Trump, que inclui um swap cambial assinado de US$20 bilhões e um possível mecanismo de investimento em dívida de US$20 bilhões.

Após a divulgação dos resultados, muitos analistas preveem uma possível desvalorização do peso, que estaria supervalorizado para conter a inflação. Um desempenho abaixo do esperado do partido de Milei poderia resultar em um ajuste mais acentuado na política cambial do país.

O cenário político e econômico da Argentina permanece em foco, com as eleições legislativas servindo como um termômetro do apoio popular às medidas implementadas pelo governo Milei e um indicativo do futuro da política econômica do país.

Via InfoMoney
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.