Armínio Fraga critica pressão de Trump sobre o Federal Reserve

Armínio Fraga alerta sobre a independência do Fed e o impacto da pressão política nos bancos centrais.
15/09/2025 às 08:24 | Atualizado há 3 dias
Ataque de Trump ao Fed
Cenário nacional exige atenção e responsabilidade em decisões econômicas. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, comentou sobre os desafios enfrentados pelo Federal Reserve (Fed) devido à pressão do governo Trump para demitir a diretora Lisa Cook. Ele considera essa interferência “conjuntural e perigosa”, ressaltando a importância da autonomia das instituições financeiras. Fraga destaca que, apesar da pressão externa, o Fed tem funcionado de maneira eficaz, mesmo diante de um cenário complexo.

Em sua análise, Fraga também expressou preocupação em relação ao Brasil, que enfrenta riscos semelhantes devido à falta de histórico de autonomia. Ele criticou um projeto de lei no Congresso que poderia minar a estabilidade do Banco Central brasileiro. O economista acredita que a liberdade das autarquias é essencial para evitar a politicagem das decisões econômicas.

Fraga finalizou alertando sobre a necessidade de discutir abertamente temas econômicos nas próximas eleições, enfatizando a relevância da dívida pública e a relação dívida/PIB. Para ele, propostas claras são fundamentais para garantir a estabilidade econômica e um futuro sustentável para o Brasil.
“`html

Em meio às decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, surge uma preocupação sobre a independência de autarquias, como o Federal Reserve (Fed). O governo de Donald Trump intensificou o pedido para demitir Lisa Cook, diretora do Fed, reacendendo o debate sobre a autonomia do banco central americano, pressionado a reduzir as taxas de juros.

O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, avalia a situação como “muito estranha”, reconhecendo o bom funcionamento do banco central nos EUA, apesar de seus desafios. Fraga considera essa interferência no Fed como “conjuntural e perigosa”. A análise foi feita após a gravação do podcast Outliers do InfoMoney.

Apesar da complexidade nos EUA, Fraga expressa preocupação com o Brasil, que não possui o histórico de autonomia dos EUA, refletido nas taxas de juros mais elevadas. Ele alerta para o risco de flexibilizar a autonomia do Banco Central brasileiro, mencionando um projeto de lei no Congresso que ameaça a estabilidade dos diretores do BC. Fraga critica a proposta, classificando-a como “coisa de republiqueta”.

No contexto político, Fraga acredita que as eleições de 2026 devem abordar temas macroeconômicos, como a relação dívida/PIB, que atingiu 77%. Ele destaca a tendência dos políticos de evitar o tema, focando apenas no sacrifício aparente. Fraga defende a discussão aberta desses temas para que o futuro governo possa enfrentá-los com vigor.

Ataque de Trump ao Fed reacende o debate sobre a independência dos bancos centrais. Para Fraga, não é certo que o próximo presidente terá um mandato para “arrumar a casa”, mas confia que um governo eleito com esse objetivo trará benefícios ao Brasil. Ele enfatiza a necessidade de prioridade e austeridade para um futuro melhor.

Fraga também aborda a questão da dívida pública e a importância de um debate aberto sobre o tema nas eleições de 2026. Segundo ele, é essencial que os candidatos apresentem propostas claras para lidar com a dívida e garantir a estabilidade econômica do país.

Armínio Fraga adverte sobre os riscos de interferência política nos bancos centrais, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Ele destaca a importância da autonomia dessas instituições para garantir a estabilidade econômica e o bom funcionamento do sistema financeiro.

Ataque de Trump ao Fed: Fraga critica a postura do governo americano e defende a independência do Federal Reserve. Para ele, a politização dos bancos centrais pode ter consequências negativas para a economia global.

Fraga demonstra preocupação com a situação fiscal do Brasil e a necessidade de reformas estruturais para garantir o crescimento sustentável do país. Ele defende um debate mais profundo sobre as questões econômicas nas próximas eleições.

Ataque de Trump ao Fed: Fraga compara a situação dos Estados Unidos com a do Brasil, ressaltando as diferenças em termos de histórico de autonomia e credibilidade dos bancos centrais. Ele alerta para os riscos de se seguir o exemplo americano de politização dessas instituições.

Em suma, Armínio Fraga faz um alerta sobre a politização dos bancos centrais e a importância de um debate sério sobre as questões econômicas nas próximas eleições. Ele defende a autonomia dessas instituições e a necessidade de reformas estruturais para garantir a estabilidade econômica e o crescimento sustentável do Brasil.

Via InfoMoney

“`

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.