O Assaí (ASAI3) observa mudanças nos hábitos de consumo, com clientes buscando produtos mais acessíveis devido aos altos juros. Durante uma teleconferência, Belmiro Gomes, CEO da rede, destacou essa tendência relacionada ao aumento das apostas esportivas. Especialmente no Nordeste, o endividamento tem provocado uma mudança de comportamento em relação às compras.
No segundo trimestre de 2025, as vendas cresceram 4,6% nas mesmas lojas. Esse resultado ficou abaixo da meta da empresa, que visava superar a inflação. As ações do Assaí também foram impactadas, com queda de 3,8%. A pressão no poder de compra e a prática de trade down indicam um cenário desafiador para a rede.
Para contornar esses desafios, o Assaí planeja investir em nova marca própria e atualizar seu portfólio. Gomes também mencionou a possibilidade de vender medicamentos, indicando que a empresa vai buscar adaptações no mercado. Essas medidas visam melhorar a competitividade da rede e impulsionar as ações a longo prazo.
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A rede de atacarejo Ações do Assaí (ASAI3) tem observado uma mudança no comportamento dos consumidores, que buscam produtos mais baratos devido aos juros altos e à crescente popularidade das apostas online. Belmiro Gomes, CEO da empresa, comentou sobre essa tendência durante uma teleconferência com analistas, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.
Gomes explicou que a busca por produtos mais acessíveis é uma constante. Fatores como juros elevados, o aumento das apostas esportivas e o endividamento levam os consumidores a optar por alternativas mais econômicas. Essa mudança de hábito é mais evidente no Nordeste, onde outros fatores estão impactando o poder de compra da população.
No segundo trimestre, as vendas nas mesmas lojas do Assaí cresceram 4,6%, um resultado abaixo do esperado pela empresa, que tinha como meta superar a inflação. As Ações do Assaí também sentiram o impacto, com uma queda de 3,8% às 13h42, enquanto o Ibovespa recuava 0,22%.
A empresa atribuiu o desempenho das vendas à pressão no poder de compra dos consumidores e à prática de trade down. Paralelamente, os fabricantes de alimentos continuam ajustando os preços de seus produtos, conforme explicou Wlamir dos Anjos, vice-presidente comercial e de logística do Assaí.
Segundo Anjos, a expectativa era que a reduflação, que consiste na redução do tamanho dos produtos com preços estáveis ou mais altos, fosse menos intensa. No entanto, essa prática ainda persiste, com a indústria buscando alternativas para que os produtos se encaixem no bolso do consumidor, o que acaba afetando a qualidade dos alimentos, como chocolates, sucos e creme de leite, que têm suas embalagens reduzidas.
Para atrair novos clientes e melhorar sua imagem, o Assaí está investindo em novos projetos e serviços, buscando se distanciar da percepção de ser um “varejão de pobre”. Uma das iniciativas é a oferta de produtos de marca própria, que devem gerar margens melhores e fortalecer o poder de negociação da empresa com outros fornecedores. O lançamento da marca própria está previsto para o segundo semestre deste ano, mas os detalhes ainda não foram divulgados.
Questionado sobre a possível venda de medicamentos nos supermercados, Gomes afirmou que a ideia enfrenta desafios, mas não é mais complexa do que a operação de um açougue, que exige refrigeração e mão de obra especializada. Para ele, os custos e despesas já estão dentro de casa, o que permitiria ao Assaí ser competitivo na categoria de medicamentos.
A estratégia de marca própria pode impulsionar as Ações do Assaí a longo prazo, diversificando a oferta e aumentando a competitividade da rede. Resta aguardar os próximos passos da empresa e a reação do mercado às novas iniciativas.
Apesar dos desafios no curto prazo, o Assaí busca alternativas para se adaptar ao cenário econômico e às mudanças nos hábitos de consumo, visando um crescimento sustentável e a valorização de suas Ações do Assaí no mercado.
Via Money Times
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