A ata da reunião do Federal Reserve em dezembro revelou divergências significativas entre seus membros sobre a decisão de cortar a taxa básica de juros para 3,5% a 3,75%. Enquanto a maioria apoiou a redução para enfrentar a desaceleração do mercado de trabalho, alguns defendiam manter a taxa inalterada devido às incertezas econômicas.
Seis autoridades, inclusive duas votantes do Comitê Federal de Mercado Aberto, se opuseram ao corte, ressaltando preocupações com a inflação, que ainda está acima da meta de 2%. A discussão indicou uma divisão clara entre políticas monetárias mais rígidas e flexíveis para os próximos meses.
A paralisação do governo dos EUA atrasou dados essenciais sobre emprego e preços, mas a expectativa é que apenas mais um corte ocorra em 2024. O Fed aguarda novas informações para definir seus próximos passos, com a próxima reunião marcada para janeiro.
O Federal Reserve decidiu cortar a taxa básica de juros em dezembro após uma longa discussão sobre os riscos enfrentados pela economia dos EUA. Mesmo entre os que apoiaram o corte, houve quem achasse que manter a taxa era uma opção válida, dada a situação econômica incerta. A taxa de juros passou para a faixa de 3,5% a 3,75%, refletindo uma postura menos restritiva diante da desaceleração na criação de empregos.
Seis autoridades do Fed se mostraram contrárias ao corte, incluindo duas votantes do Comitê Federal de Mercado Aberto. A maioria, porém, concordou que a redução poderia ajudar a estabilizar o mercado de trabalho, apesar de preocupações quanto à inflação, que segue distante da meta de 2% do banco central.
Os membros discutiram ainda a possibilidade de manter a taxa inalterada após o corte, o que demonstra divergência sobre uma política monetária mais rígida ou flexível. As projeções indicam apenas mais um corte para o próximo ano, conforme avaliando novos dados sobre emprego e inflação.
A paralisação do governo dos EUA interrompeu a divulgação de dados oficiais por 43 dias, deixando lacunas que dificultam a avaliação dos formuladores de política. Com a retomada do cronograma normal, informações recentes sobre o mercado de trabalho e preços ao consumidor serão analisadas antes da próxima reunião do Fed, marcada para 27 e 28 de janeiro.
Atualmente, há expectativa de que a taxa básica permaneça estável, aguardando sinais claros sobre a evolução da inflação e do desemprego nos próximos meses, para definir os próximos passos da política monetária.
Via Money Times