A partir desta sexta-feira, os moradores de São Paulo sentirão no bolso o aumento tarifa energia SP. A Enel Distribuição São Paulo, responsável pelo fornecimento de energia na capital e em 23 cidades da Grande São Paulo, teve um reajuste tarifário anual aprovado pela ANEEL. Essa mudança impactará diretamente cerca de 8 milhões de residências, afetando a vida de aproximadamente 18 milhões de pessoas.
O reajuste médio será de 13,94% para os consumidores. Para aqueles classificados como de alta tensão, o aumento será de 15,77%, enquanto os consumidores de baixa tensão, majoritariamente residenciais, enfrentarão um aumento de 13,47%. Com isso, a tarifa B1 residencial passa a ser de R$ 725,18/MWh.
A Enel justificou o reajuste, mencionando o aumento de custos que estão fora de seu controle, como encargos setoriais definidos por leis e decretos, e a aquisição de energia. A empresa também destacou que os custos de transmissão e os tributos federais e estaduais influenciam o valor final da fatura, independentemente da atuação da distribuidora.
Um dos principais fatores que contribuíram para o aumento tarifa energia SP é o encargo da CDE USO, que financia a tarifa social de energia elétrica. Embora beneficie cerca de 60 milhões de famílias, o custo adicional é repassado aos consumidores que consomem mais de 120 kWh mensais, elevando as tarifas para grande parte da população.
Este aumento tarifa energia SP também terá um impacto na inflação de julho. Segundo projeções da Warren Investimentos e da Tendências Consultoria, a decisão da ANEEL poderá elevar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em até 0,10%. A Enel SP representa uma parcela significativa da amostra pesquisada pelo IBGE no estado, o que amplifica seu efeito no IPCA.
A Warren Investimentos prevê uma alta mais moderada, de 7,3% neste ciclo, resultando em um impacto estimado de 0,04% no IPCA de julho, elevando a projeção do mês para 0,30%. Para o acumulado do ano, a estimativa passou de 4,91% para 4,95%.
Diante desse cenário, os consumidores devem se preparar para um impacto nas contas de energia e acompanhar as projeções da inflação nos próximos meses.
Via Exame