Nos Estados Unidos, o aumento do preço da carne bovina gera preocupação entre os consumidores. Após uma história de alta nos preços dos ovos, agora a carne enfrenta limitações de oferta que podem levar a novos recordes. A situação se agrava com restrições nas importações, tornando o cenário ainda mais crítico.
Darin Parker, presidente da PMI Foods, alerta sobre o risco de escassez, comparando a atual crise da carne com a que afetou os ovos no inverno anterior. Os dados indicam um aumento contínuo nos preços, com índices mostrando alta por oito meses consecutivos. Isto levanta questionamentos sobre a capacidade do mercado de atender à demanda.
A baixa oferta de gado e as tarifas impostas por Trump sobre importações brasileiras complicam a situação. Embora outros países tentem suprir a demanda, como Austrália e Uruguai, permanece a incerteza sobre sua capacidade de evitar uma nova alta nos preços. Essas dinâmicas impactam diretamente o bolso dos consumidores americanos.
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Nos Estados Unidos, o fantasma da inflação nos alimentos volta a assombrar os consumidores, com a preço da carne nos EUA em trajetória ascendente. Após os ovos se tornarem um símbolo do aumento nos preços dos supermercados, agora é a vez da carne bovina preocupar os americanos. Restrições nas importações e um cenário de oferta doméstica já limitada prometem pressionar ainda mais os preços, podendo atingir novos recordes em breve.
A crescente preocupação com o preço da carne nos EUA é impulsionada por diversos fatores. Darin Parker, presidente da PMI Foods, alertou para a possibilidade de escassez no mercado, comparando a situação atual da carne bovina com o problema dos ovos que afetou o governo Biden no inverno anterior. Dados recentes do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA (BLS) confirmam essa tendência, mostrando que os preços da carne já subiram por oito meses consecutivos, com o maior aumento mensal registrado em agosto.
Um dos principais motivos para o aumento no preço da carne nos EUA é a baixa oferta de gado no país, o maior produtor mundial de carne bovina. O número de vacas processadas semanalmente por grandes frigoríficos, como Tyson Foods e JBS, teve uma queda de quase 9% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo os níveis mais baixos desde 2016. Essa pressão reflete a redução do rebanho dos EUA nas últimas décadas e a recente proibição de compras de animais do México devido a questões sanitárias.
Para atenuar o impacto sobre os consumidores americanos, o país aumentou as importações de carne bovina, principalmente do Brasil, o maior exportador mundial. No entanto, essa estratégia foi comprometida após a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros, determinada por Trump em agosto. Com essa medida, as exportações de carne bovina do Brasil passaram a ter um imposto total de 76,4% para entrar no mercado dos EUA, tornando-se inviáveis para muitos fornecedores.
Diante desse cenário, outros países como Austrália, Uruguai e Argentina buscam aumentar suas exportações para os EUA, aproveitando a menor concorrência do Brasil. A Austrália, por exemplo, já registrou um aumento de 22% em seus embarques para os EUA até agosto. No entanto, ainda não está claro se esses fornecedores serão capazes de suprir toda a demanda americana e evitar um aumento ainda maior no preço da carne nos EUA.
As tensões no mercado de carne bovina dos EUA devem se intensificar à medida que os estoques acumulados antes das tarifas de agosto se esgotem. Darin Parker da U.S. Meat Export Federation aponta que a situação prejudica diretamente o consumidor americano. Resta acompanhar de perto os próximos capítulos dessa história e seus impactos no bolso dos cidadãos dos EUA.
Via InfoMoney
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