Aumento de preços nos EUA afeta diversos setores econômicos

Entenda como o aumento de tarifas está elevando os preços de produtos e serviços nos EUA, afetando os consumidores.
21/08/2025 às 11:38 | Atualizado há 2 semanas
Aumento de preços EUA
Tarifas em alta: impacto direto nos preços e nos consumidores nos EUA. (Imagem/Reprodução: Exame)

O cenário econômico nos Estados Unidos apresenta um aumento de preços que tem gerado preocupações entre os consumidores. Multinacionais de vários setores, como moda e automóveis, estão ajustando suas tarifas em resposta às novas tarifas de importação.

A Adidas e a Nike, grandes marcas do setor esportivo, já anunciaram reajustes de preços em seus produtos. A justificativa é o aumento nas tarifas que impacta diretamente a produção e as margens de lucro, afetando também as expectativas de vendas.

O setor varejista, incluindo gigantes como Walmart e Macy’s, também está sentindo o impacto das tarifas. A previsão é que os consumidores precisem se preparar para os efeitos nos preços de diversos produtos no mercado.

Diante do cenário econômico global, o aumento de preços EUA tem se tornado uma realidade palpável para os consumidores. Multinacionais de diversos setores, como vestuário esportivo, calçados, automóveis e artigos de luxo, já estão ajustando seus preços para compensar os custos adicionais impostos pelas recentes tarifas. Essa mudança, que visa proteger as margens de lucro das empresas, inevitavelmente impacta o bolso do consumidor americano.

A Adidas, gigante do setor esportivo, anunciou que elevará os preços de seus produtos nos Estados Unidos. A decisão foi tomada após a empresa registrar perdas significativas na Europa e projetar um aumento nos custos de produção devido às tarifas de importação. Com a maior parte de sua produção localizada no Vietnã e na Indonésia, a Adidas enfrentará tarifas de 20% e 19%, respectivamente, sobre os produtos importados para os EUA.

A Nike, outra gigante do setor esportivo, também confirmou que pretende reajustar seus preços para compensar um custo extra estimado em US$ 1 bilhão em tarifas no ano fiscal de 2026. Segundo o CFO Matthew Friend, essas tarifas representam um novo desafio de custo, e os aumentos começarão a partir do final de setembro nos EUA. A medida é vista como uma forma de mitigar o impacto das tarifas no desempenho financeiro da empresa.

No setor automotivo, a Ford já aumentou os preços de alguns modelos fabricados no México e sinalizou que novos ajustes podem ser necessários caso não haja isenção temporária das tarifas. A Volkswagen também anunciou que aplicará uma taxa de importação sobre veículos produzidos fora dos EUA, em resposta à tarifa de 25% sobre automóveis, o que inevitavelmente elevará os preços para o consumidor final.

O setor de luxo também não escapou dos efeitos das tarifas. A Ferrari aumentou em até 10% os preços de alguns modelos importados para os EUA após a imposição de tarifas sobre veículos da União Europeia. A grife francesa Hermès também anunciou reajustes em maio, justificando a medida como necessária para compensar os custos adicionais das tarifas de importação.

Até mesmo o Walmart, gigante do varejo, confirmou que as tarifas estão pressionando os preços. Segundo o CEO Doug McMillon, mesmo em níveis reduzidos, as tarifas mais elevadas resultarão em preços mais altos para os consumidores. A rede de lojas de departamento Macy’s também reduziu sua projeção de lucros para 2025, citando tarifas mais altas e menor disposição dos consumidores para gastar.

A Nintendo, gigante japonesa de videogames, afirmou que o novo console Switch 2 não sofreu aumento de preços com as tarifas. No entanto, modelos anteriores do Switch e alguns acessórios já ficaram mais caros, citando “condições de mercado”. A empresa ressaltou que outros ajustes poderão ser necessários no futuro, dependendo da evolução das tarifas.

Como vimos, o cenário de aumento de preços EUA é amplo e atinge diversos setores da economia. Resta aos consumidores ficarem atentos e se prepararem para os possíveis impactos em seus orçamentos. As empresas, por sua vez, buscam alternativas para mitigar os efeitos das tarifas e manter sua competitividade no mercado americano.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.