A Axiom Space, startup cofundada por Kam Ghaffarian, enfrenta uma crise financeira que compromete seus ambiciosos planos de criar a primeira estação espacial comercial. A empresa, baseada em Houston, enfrenta dificuldades severas em captar recursos, gerando atrasos em seus projetos de desenvolvimento.
Com pressão de fornecedores como SpaceX e Thales Alenia Space, a Axiom acumula despesas altas, com folha de pagamento mensal de cerca de US$ 10 milhões. Isso resultou em demissões, cortes de salários e atrasos no pagamento a parceiros, colocando contratos em risco devido à falta de pagamentos.
A Axiom busca diversificar suas atividades enquanto espera o desenvolvimento de sua estação. Apesar da parceria com a SpaceX e contratos com a NASA, os voos privados para a ISS não têm gerado lucro suficiente. O futuro da ISS, previsto para ser desativado em 2030, agrava ainda mais a situação, obrigando a startup a repensar seus planos.
A Axiom Space, uma startup cofundada pelo bilionário Kam Ghaffarian, enfrenta uma crise financeira Axiom Space que coloca em risco sua ambição de estabelecer a primeira estação espacial comercial no mundo. A empresa, localizada em Houston, está lidando com dificuldades severas em captar recursos, além de atrasos significativos em seus planos de desenvolvimento.
Recentemente, a Axiom Space se viu sob pressão de fornecedores como a SpaceX e a Thales Alenia Space, enfrentando a iminente possibilidade de interrupções que poderiam custar mais do que já foi investido. Documentos internos revelam que a Axiom acumulou despesas elevadas, atingindo uma folha de pagamento mensal de aproximadamente US$ 10 milhões neste ano.
Essa situação desencadeou uma série de demissões, cortes de salários e atrasos em pagamentos a parceiros estratégicos. A SpaceX, encarregada de realizar os lançamentos para a empresa, emitiu notificações indicando que poderia romper contratos devido à falta de pagamento. Fundada em 2016, a Axiom inicialmente planejou aproveitar a experiência adquirida com a Estação Espacial Internacional (ISS) para desenvolver sua própria infraestrutura orbital.
A estratégia incluía a anexação de módulos à ISS para posteriormente destacá-los como uma estação independente. No entanto, a lenta evolução do primeiro módulo, aliada à possível desativação antecipada da ISS, tem causado um desvio considerável nas projeções financeiras, adiando o lançamento de dois módulos para 2026.
Para manter a operação financeira enquanto se aguarda o desenvolvimento da estação, a Axiom tentou diversificar suas atividades. A parceria com a SpaceX possibilitou a organização de voos privados para a ISS e contratos com a NASA, incluindo um total de US$ 228 milhões dedicados ao desenvolvimento de trajes espaciais para a missão Artemis III.
Apesar dessas iniciativas, os voos não se mostraram lucrativos. Informações indicam que cerca de US$ 670 milhões foram gastos em quatro lançamentos da cápsula Dragon 2, mas a companhia não conseguiu atingir o ponto de equilíbrio devido a altos custos e à exigência da NASA de que comandantes experientes estejam presentes em missões privadas.
Em resposta aos crescentes desafios, Kam Ghaffarian tem direcionado recursos pessoais à empresa e buscado empréstimos de parceiros, reconhecendo que será necessário garantir novos financiamentos para continuar no cronograma previsto. Além disso, a Axiom já iniciou cortes na equipe e ofereceu a possibilidade de redução salarial em troca de participação acionária.
A questão do futuro da ISS, programada para ser desativada em 2030, também impacta a Axiom. Caso a Rússia confirme sua saída em 2028, a estação pode ser retirada de órbita antecipadamente, o que forçaria a Axiom a redesenhar sua estação para operar de forma autônoma antes do que esperado.
Apesar do apoio contínuo da NASA, a agência também investe em concorrentes como Blue Origin, Voyager Space e Vast, enquanto considera alternativas como a Starship da SpaceX. Analistas do setor destacam que a sustentabilidade de estações espaciais privadas depende fortemente de apoio governamental, dado que o mercado atual ainda não possui escala suficiente para suportar esses projetos ambiciosos.
Via Exame