O deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP), com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi eleito o novo líder bancada evangélica no Congresso, superando Otoni de Paula (MDB-RJ), que recentemente se aliou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação expôs um racha na frente evangélica, com Nascimento obtendo 117 votos contra 61 de Otoni. Este resultado demonstra uma forte influência conservadora dentro do grupo parlamentar.
Durante a votação para líder bancada evangélica, a deputada federal Greyce Elias (Avante-MG) retirou sua candidatura para apoiar Gilberto Nascimento, que a nomeou como vice-presidente da bancada. A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) é composta por 219 deputados e 26 senadores, desempenhando um papel crucial nas votações de pautas relacionadas a costumes.
A eleição para líder bancada evangélica contou com forte mobilização nos bastidores. O ex-presidente Jair Bolsonaro telefonou para diversos parlamentares pedindo votos para Gilberto Nascimento. O pastor evangélico Silas Malafaia também foi um importante apoiador da campanha de Nascimento, consolidando o apoio da ala conservadora.
A disputa pela liderança da bancada evangélica evidenciou as divisões internas do grupo. De um lado, Gilberto Nascimento, alinhado com pautas conservadoras e apoiado por figuras como Bolsonaro e Malafaia. Do outro, Otoni de Paula, que buscou diálogo com o governo Lula. Essa polarização reflete as diferentes visões e estratégias dentro da bancada.
A eleição de Gilberto Nascimento para líder bancada evangélica pode impactar a tramitação de projetos de lei relacionados a temas como família, costumes e liberdade religiosa. Com uma liderança alinhada a pautas conservadoras, a tendência é que a bancada priorize projetos que reflitam esses valores. Resta acompanhar como essa nova configuração influenciará o debate político no Congresso.