Banco da Amazônia mira na COP30 para ampliar negócios

Banco da Amazônia busca na COP30 captação de recursos e parcerias para expansão no mercado.
29/09/2025 às 13:22 | Atualizado há 3 dias
Banco da Amazônia
BAZA3 mira na COP30 como uma oportunidade de expansão e captação de recursos. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Banco da Amazônia (BAZA3) está focado na COP30 como uma oportunidade para expandir seus negócios. A instituição financeira planeja captar recursos através de agências multilaterais durante o evento, visando diversificar sua carteira de crédito e desenvolver novos produtos.

Além de depender do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), o banco tem buscado parcerias internacionais. Recentemente, obteve US$ 100 milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento e está em negociação para mais US$ 100 milhões com o Banco Mundial, ampliando assim suas fontes de financiamento.

Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia, destaca a COP30 como uma vitrine para o potencial econômico da região amazônica. O foco será transformar novas oportunidades em projetos viáveis, garantindo assim a sustentabilidade e o crescimento econômico da região nos próximos anos.
O Banco da Amazônia (BAZA3) está mirando na COP30 como uma plataforma para impulsionar seus negócios e avalia a captação de recursos por meio de agências multilaterais durante o evento. Essa estratégia surge em um momento oportuno, visto que a instituição financeira busca expandir sua carteira de crédito e desenvolver novos produtos.

O banco tem procurado diversificar suas fontes de financiamento, indo além dos recursos provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA). Para isso, tem estabelecido parcerias com organizações internacionais, uma vez que os recursos do FNO geralmente se esgotam logo após o meio do ano.

Recentemente, o Banco da Amazônia obteve US$ 100 milhões junto à Agência Francesa de Desenvolvimento e está na fase final de negociação para captar mais US$ 100 milhões junto ao Banco Mundial.

Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia, ressaltou que a COP30 pode destacar o potencial de negócios na região amazônica, abrangendo desde o cacau e o café até a pecuária e os grãos. O desafio, segundo ele, será transformar essas intenções em projetos viáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.

O objetivo do Banco da Amazônia é manter sua posição como principal agente financeiro na região, buscando ampliar sua participação de mercado. Para isso, a instituição está focada em encontrar novas fontes de recursos de longo prazo e estruturar fundos voltados para infraestrutura e sustentabilidade.

O “Programa de Transformação” tem impulsionado o crescimento da carteira comercial do Banco da Amazônia, que registrou um aumento de 93,3%. A instituição está passando pela maior transformação de sua história, com a meta de gerar R$ 200 milhões em novas receitas e atrair 350 mil novos clientes até 2025. No primeiro semestre, a receita cresceu 19% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 4,5 bilhões, e o número de clientes aumentou 9%, chegando a 1,2 milhão.

Atualmente, o Banco da Amazônia responde por 60% de todo o financiamento de fomento na região. No primeiro semestre, sua carteira de crédito alcançou R$ 62,8 bilhões, um aumento de 20,3% em 12 meses, com desembolsos de aproximadamente R$ 13 bilhões.

Desse montante, R$ 8,3 bilhões foram destinados a financiamentos em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), abrangendo infraestrutura, agricultura familiar, serviços e indústria, representando um crescimento de 37,4%. Adicionalmente, R$ 5,6 bilhões foram alocados em linhas verdes, com um aumento de 23%, onde os projetos financiados demonstram um alto grau de sustentabilidade e, consequentemente, têm acesso a taxas de juros reduzidas.

O avanço da carteira do Banco da Amazônia está atrelado ao crescimento econômico da região Norte, que tem superado a média brasileira. Em 2025, espera-se que todos os estados da região, com exceção do Amazonas, apresentem um crescimento superior ao PIB nacional, com destaque para o setor agropecuário.

A produção de grãos no Matopiba está concentrada na região Norte, com mais de 50% do milho produzido no Brasil sendo exportado pelos portos da região, como Itaqui e os portos do Amazonas. A soja também representa uma parcela significativa, com cerca de 40% da produção nacional.

Essa produção impulsiona a demanda por melhorias na infraestrutura e atrai a agroindústria, com novas plantas de esmagamento de soja e de etanol de milho, que abastecem a indústria de proteína. Isso gera uma demanda adicional por grãos, serviços, portos, silagem e transporte.

Além do agronegócio, a exploração da Foz do Amazonas e a expansão do Sistema Norte da Vale (VALE3) também estão no radar, sendo consideradas catalisadores de investimentos para a região. O Banco da Amazônia adota modelos rigorosos para apoiar projetos com alto grau socioambiental, reconhecendo a importância da transformação energética na região para suportar o crescimento.

O Banco da Amazônia participou do financiamento do sistema elétrico da região Norte ao Sistema Interligado Nacional, de Parintins a Manaus, e está financiando a última linha, de Manaus a Boa Vista, prestes a ser inaugurada. Esses investimentos em infraestrutura energética beneficiam também os pequenos produtores, como os de açaí, que necessitam de energia para processar e armazenar sua produção, gerando um benefício coletivo em toda a cadeia.

O Banco da Amazônia está expandindo seu portfólio de produtos com o lançamento de um consórcio, entrada no segmento de adquirência e lançamento de um cartão de crédito. A previsão é que o banco digital seja lançado em 2026, oferecendo produtos ligados às raízes da instituição, como um cartão de crédito com cashback em ações de sustentabilidade, convertendo gastos em árvores ou preservação ambiental.

O Banco da Amazônia está colhendo os resultados do programa de transformação, com diversas iniciativas em andamento. A instituição busca se diferenciar no mercado de bancos digitais, oferecendo produtos que façam sentido para a região e estejam alinhados com seus princípios de sustentabilidade e desenvolvimento local.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.