Banco do Brasil apresenta queda após previsões alarmantes

Banco do Brasil enfrenta forte desvalorização devido a dados preocupantes. Veja as razões por trás dessa situação.
01/08/2025 às 20:21 | Atualizado há 2 meses
Ações do Banco do Brasil
Ação do Banco do Brasil despenca quase 7% após lucro de R$ 500 milhões em maio. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

As Ações do Banco do Brasil (BB) sofreram um forte impacto, com uma queda de quase 7%, após a divulgação de dados do Banco Central que indicaram um lucro de apenas R$ 500 milhões em maio. Este resultado representa um declínio significativo em comparação com o lucro de R$ 1,7 bilhão registrado em abril, além de uma queda superior a 70% em relação ao lucro de R$ 3,4 bilhões obtido em maio do ano anterior.

O mercado financeiro projetava um lucro de aproximadamente R$ 5 bilhões para o BB no segundo trimestre. Contudo, com os resultados apresentados, essa expectativa se tornou bastante improvável. Para alcançar tal consenso, o banco precisaria lucrar R$ 3 bilhões somente em julho, em um período de deterioração das tendências operacionais.

Um analista que acompanha o desempenho do banco destacou que os NPL do agronegócio apresentaram piora acentuada em junho, sugerindo que os resultados do BB permanecerão sob pressão nos próximos meses. A expectativa é de que a divulgação do segundo trimestre apresente um miss considerável em relação às projeções iniciais.

Considerando os dados de abril e maio, a estimativa para o trimestre seria de R$ 3,3 bilhões, resultando em um miss de 34% em relação ao consenso e um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de apenas 8%. O Banco do Brasil tem programado para o dia 14 de agosto a divulgação oficial dos resultados do segundo trimestre.

A queda recente nas Ações do Banco do Brasil se soma a um declínio de 35% desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, quando o banco também não atendeu às expectativas do mercado. O volume de negociações no dia atingiu R$ 1,6 bilhão, um valor três vezes maior que a média diária de R$ 580 milhões. As corretoras que lideraram as vendas foram o JP Morgan, com uma venda líquida de 6,6 milhões de ações, e o Bank of America, com 4,6 milhões de ações.

A performance das Ações do Banco do Brasil refletem as preocupações do mercado em relação à capacidade do banco de atingir as metas de lucro estabelecidas, especialmente em um cenário econômico desafiador e com pressões no setor do agronegócio. Os investidores e analistas estarão atentos aos próximos passos do banco e às medidas que serão implementadas para reverter esse quadro.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.