O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou seu Investor Day em Nova York, destacando um período de transição. Analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos veem 2025 como um ano de testes, principalmente para a carteira de agronegócios, com uma possível recuperação mais forte a partir de 2026.
Aproximadamente 50% das provisões do Banco estão ligadas ao setor agropecuário. Isso se deve a quedas nos preços das commodities, aumento de custos e um ajuste monetário lento a ser enfrentado em 2024. Além disso, a expansão da carteira de crédito, que passou de R$ 150 bilhões para mais de R$ 450 bilhões em três anos, trouxe insegurança e elevação na inadimplência.
Para enfrentar os desafios, o Banco do Brasil está adotando medidas robustas e utilizando inteligência artificial na classificação de clientes. Apesar dos riscos, o banco mantém projeção de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) entre 11% e 13% para 2025. A XP e o BTG recomendam as ações da BBAS3 de maneira neutra, com preços-alvo estabelecidos em R$ 23 e R$ 25, respectivamente.
O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou seu Investor Day em Nova York, um evento que sinaliza um período de transição para a instituição. Analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos compartilharam suas perspectivas, apontando 2025 como um ano de testes, especialmente para a carteira de agronegócios, com uma possível recuperação mais forte a partir de 2026.
De acordo com o relatório do BTG, cerca de 50% das provisões do **Banco do Brasil** estão atualmente ligadas ao setor agropecuário. Este cenário é influenciado pela queda nos preços das commodities, aumento dos custos, impactos climáticos e um ajuste monetário mais lento em 2024. A rápida expansão da carteira de crédito, que saltou de R$ 150 bilhões para mais de R$ 450 bilhões em três anos, também contribuiu para o aumento da inadimplência.
Para mitigar esses riscos, o **Banco do Brasil** está implementando medidas como a exigência de garantias mais robustas e a revisão de processos. Além disso, o banco está utilizando uma matriz de resiliência baseada em inteligência artificial (IA) para classificar clientes em quatro categorias, otimizando a gestão desde a concessão até a recuperação de crédito.
Apesar dos desafios, o **Banco do Brasil** manteve sua projeção de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) entre 11% e 13% para 2025. No entanto, o BTG projeta um ROE de 10,6% para o ano, com lucro líquido de R$ 19,7 bilhões, abaixo da estimativa oficial do banco, que varia entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões. Para atingir a meta, o BB precisaria acelerar seus resultados no quarto trimestre, o que gera certo ceticismo entre os investidores. A administração do banco confia na recuperação no próximo ano, impulsionada pela diversificação e pelo reforço de capital.
A XP Investimentos considera 2025 um ponto de inflexão para o **Banco do Brasil**, com o objetivo de restaurar a rentabilidade e o crescimento a partir de 2026. A XP destaca o foco do BB no crédito consignado privado, na diversificação de receitas e na transformação digital. No entanto, a desaceleração macroeconômica e as altas taxas de juros continuam a impactar as carteiras de pessoas físicas e pequenas e médias empresas (PMEs), demandando maiores provisões.
Diante desse contexto, tanto o BTG quanto a XP mantêm uma recomendação neutra para as ações da BBAS3. O BTG estabeleceu um preço-alvo de R$ 23, enquanto a XP fixou em R$ 25. Ambas as instituições financeiras acreditam que, apesar da resiliência do **Banco do Brasil**, a visibilidade permanece limitada, e outros bancos como o Itaú (ITUB4) podem oferecer um posicionamento mais favorável no momento.
Via Money Times