Banco do Brasil: Citi reduz preço-alvo em R$ 6 e aponta riscos para ações

Citi revisa para baixo preço-alvo do Banco do Brasil e aponta aumento da inadimplência e desafios no agronegócio.
13/11/2025 às 16:22 | Atualizado há 4 dias
               
Rebaixamento do Banco do Brasil
Citi rebaixa BBAS3 para neutra e reduz preço-alvo para R$ 29. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Citi alterou sua recomendação para as ações do Banco do Brasil de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 29 para R$ 23. Isso indica um potencial de valorização bem menor e reflete dúvidas sobre a recuperação operacional do banco.

Analistas destacam que o terceiro trimestre mostrou resultados preocupantes, com aumento das despesas e queda no lucro projetado para 2025. A inadimplência cresceu, especialmente na carteira de pessoa física, e a qualidade dos ativos ficou em xeque.

Além disso, os benefícios esperados pelas renegociações no agronegócio devem demorar a aparecer. O banco está adotando estratégias para enfrentar esses desafios, mas o cenário permanece cauteloso para investidores.
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O cenário para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) tomou um rumo inesperado após a revisão do Citi, que alterou sua recomendação de compra para neutra. A mudança veio acompanhada de um ajuste no preço-alvo, que passou de R$ 29 para R$ 23, indicando um potencial de valorização de apenas 2,8%. A decisão reflete preocupações sobre o ritmo de melhoria operacional do banco e a qualidade de seus ativos.

Analistas do Citi apontam que os resultados do terceiro trimestre foram um sinal de alerta, sugerindo que a recuperação operacional do Banco do Brasil pode ser mais demorada do que se esperava. A revisão das projeções para 2025, que agora preveem maiores despesas com provisões e um lucro líquido menor, reforça essa visão cautelosa.

A instituição financeira também expressou preocupação com a qualidade dos ativos do Banco do Brasil. A revisão para baixo nas projeções de lucro de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões para R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões surpreendeu o mercado, impactando a visão sobre o futuro do banco.

O Citi acredita que os benefícios das renegociações de empréstimos rurais, impulsionadas pela Medida Provisória 1.314, levarão mais tempo para se materializar nos resultados financeiros do banco, possivelmente até 2026. A MP, que visa apoiar pequenos e médios agricultores, ainda não surtiu o efeito esperado.

Além dos desafios no agronegócio, o Citi também aponta para a deterioração da carteira de pessoa física do Banco do Brasil como um fator preocupante. Os índices de inadimplência de 30 e 90 dias para essa categoria de clientes apresentaram um aumento, refletindo uma piora nas condições financeiras dos consumidores.

Os analistas do Citi destacam que o índice de cobertura do Banco do Brasil continua a diminuir, mesmo com o aumento das despesas com provisões. Isso indica que a entrada de novos créditos inadimplentes está em ritmo acelerado, o que pode forçar o banco a aumentar ainda mais suas provisões no futuro.

Apesar do cenário desafiador, o Banco do Brasil segue trabalhando para mitigar os impactos negativos e fortalecer sua posição no mercado financeiro. As renegociações de dívidas e o foco na qualidade dos ativos são algumas das estratégias adotadas pela instituição.

Em resposta às análises, Geovanne Tobias, CFO do BB, mencionou que muitos clientes do agronegócio preferiram aguardar antes de renegociar suas dívidas, o que acabou impactando a taxa de inadimplência no terceiro trimestre, mesmo após a implementação da medida provisória destinada ao setor.

Via Money Times

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.