O Banco Central, por meio do diretor Nilton David, afirma que a política monetária restritiva atual é mais intensa que em períodos anteriores. Essa estratégia visa garantir a estabilidade econômica e o cumprimento das metas de inflação em um cenário desafiador.
Durante um evento em Washington, David ressaltou que as taxas de juros praticadas são adequadas para o momento econômico. Ele apontou que, embora existam questões fiscais que afetam as expectativas de inflação, o BC está vigilante e pronto para ajustes conforme necessário.
O diretor expressou otimismo em relação à convergência das expectativas de inflação, apesar de projeções superiores à meta de 3%. A manutenção da taxa Selic em 15% ao ano é uma medida para controlar a inflação e garantir a saúde econômica do país.
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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, comunicou que a instituição entende que a política monetária restritiva atual é mais intensa do que em momentos anteriores. Essa postura, segundo os dirigentes, é intencional e visa garantir que a economia permaneça no caminho certo para atingir as metas estabelecidas.
Durante um evento promovido pelo UBS BB em Washington, David enfatizou que as taxas de juros praticadas atualmente são consideradas adequadas para alcançar os objetivos do Banco Central. Os dados recentes, conforme ele, estão alinhados com as expectativas da instituição, mas é necessário acompanhar mais indicadores para confirmar a trajetória da economia.
No final de 2024, surgiram questionamentos sobre a real eficácia da política monetária e sobre a possibilidade de o Brasil estar em dominância fiscal. David ressaltou que o Banco Central nunca compartilhou dessa visão, o que motivou a decisão de adotar uma postura mais restritiva do que o necessário em outras circunstâncias.
A manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), reflete a intenção de manter a taxa básica em um patamar elevado por um período prolongado. O objetivo é garantir que a inflação convirja para a meta contínua de 3%.
David expressou otimismo em relação à convergência das expectativas de inflação do mercado, conforme registradas no boletim Focus, para a meta estabelecida pelo Banco Central nos próximos meses. No entanto, os dados mais recentes do Focus indicam que os economistas projetam uma inflação de 4,72% em 2025, 4,28% em 2026 e 3,90% em 2027, valores superiores ao centro da meta de 3%.
Um dos fatores que contribuem para a desancoragem das expectativas de inflação, segundo o diretor do BC, são as questões fiscais. A decisão do governo de pagar precatórios represados devido à PEC dos Precatórios de 2021 também impactou a política monetária, conforme avaliação de David.
Em relação aos atritos comerciais recentes entre Estados Unidos e Brasil, David minimizou os efeitos macroeconômicos da tarifação norte-americana, embora reconheça que alguns setores específicos da economia podem ser afetados.
A política monetária restritiva, portanto, é vista como crucial para garantir a estabilidade econômica e o cumprimento das metas de inflação, mesmo diante de desafios internos e externos.
A postura do Banco Central, segundo Nilton David, é de vigilância constante e adaptação às novas informações que surgirem, sempre com o objetivo de promover um ambiente econômico saudável e sustentável para o país.
Via InfoMoney
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