Banco Central interrompe ciclo de alta da Selic, diz diretor

O Banco Central decidiu interromper o ciclo de alta de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano. Confira os detalhes dessa decisão.
07/08/2025 às 18:03 | Atualizado há 2 meses
Interrupção no ciclo de alta de juros
Aperto monetário terá impactos distintos nos preços e no crescimento econômico. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O Banco Central do Brasil decidiu interromper o ciclo de alta da taxa Selic, mantendo-a em 15% ao ano. Essa decisão foi comunicada pelo diretor de Política Monetária, Nilton David, e reflete a percepção de que o plano de combate à inflação avança como esperado, embora com cautela. A interrupção é uma avaliação das medidas anteriores e busca obter dados para confirmar a eficácia das ações.

Nilton David esclareceu que essa interrupção não deve ser confundida com uma pausa simples. Ele enfatizou que a decisão surgiu em um momento de incertezas e que o impacto das políticas monetárias anteriores precisa ser analisado antes de tomar novos passos. A cautela é fundamental, especialmente frente às tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

A autoridade monetária considera a manutenção da taxa de juros em nível contracionista, refletindo um cenário dinâmico. David também mencionou a necessidade de equilibrar a política monetária em diferentes setores da economia, assegurando que nenhum segmento seja prejudicado. O Banco Central continua atento aos desenvolvimentos econômicos e pronto para ajustar suas ações conforme necessário.
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O Banco Central do Brasil interrompeu o ciclo de alta da taxa Selic, mantendo-a em 15% ao ano. A decisão, anunciada pelo diretor de Política Monetária, Nilton David, reflete uma avaliação de que o plano de combate à inflação está progredindo conforme o esperado, embora com cautela. O Comitê de Política Monetária (Copom) busca mais dados para confirmar essa trajetória.

Segundo David, a decisão de interromper o ciclo de alta de juros representa uma “interrupção” e não uma simples “pausa”. Essa escolha reflete a necessidade de avaliar o impacto das medidas já implementadas em um contexto de incertezas elevadas. O objetivo é sentir e perceber as consequências das ações tomadas antes de definir os próximos passos.

O Banco Central demonstra cautela em meio às incertezas geradas, inclusive, pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A autoridade monetária enfatiza a importância de observar atentamente o cenário econômico para tomar decisões bem fundamentadas. A manutenção da interrupção no ciclo de alta de juros busca garantir a eficácia da política monetária.

A expectativa da autoridade monetária é que a taxa de juros se mantenha em um nível contracionista, possivelmente mais elevado do que em momentos de menor incerteza. Nilton David ressaltou que o cenário é dinâmico e que a autarquia precisa de tempo para avaliar se a postura atual é excessivamente ou insuficientemente contracionista. Essa avaliação é crucial para ajustar a política monetária de forma precisa.

É necessário ter paciência para observar os efeitos do aperto monetário, que incluem o arrefecimento do crescimento da atividade econômica e, em estágios posteriores, o impacto nos preços. Setores como os de mão de obra intensiva, serviços e construção podem levar mais tempo para sentir os efeitos da alta dos juros. O Banco Central busca equilibrar os efeitos da política monetária em diferentes setores da economia.

O diretor do Banco Central avaliou que as dúvidas sobre a capacidade da instituição de promover uma política monetária eficaz diminuíram. Ele acredita que o mercado percebe o compromisso do BC em trazer a inflação para a meta estabelecida. A credibilidade do Banco Central é um fator importante para ancorar as expectativas e garantir a eficácia das medidas adotadas.

David destacou uma melhora na inflação implícita, que reflete as expectativas de preços embutidas nos juros futuros de títulos de mercado. Essa melhora pode ser atribuída à credibilidade do Banco Central. A autoridade monetária espera que as expectativas de mercado medidas pelo boletim Focus do BC também sigam essa tendência de melhora.

O Banco Central já adotava uma postura cautelosa antes do anúncio das tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Diante desse novo cenário, o tom agora é de “cautela, cautela e cautela”, pois os riscos se ampliaram. A definição sobre a política tarifária dos EUA ainda é incerta, especialmente para o Brasil, com perspectivas de incertezas prolongadas.

Em cenários de volatilidade gerada pela questão tarifária, a flutuação do câmbio é a primeira linha de defesa do país. O Banco Central monitora de perto os desenvolvimentos no cenário internacional e está preparado para utilizar os instrumentos disponíveis para mitigar os impactos negativos na economia brasileira. A política cambial é uma ferramenta essencial para lidar com choques externos.

Em resumo, o Banco Central optou por uma interrupção, e não uma pausa, no ciclo de alta de juros, mantendo a Selic em 15%. Essa decisão reflete a busca por mais dados para avaliar o impacto das medidas já tomadas e a crescente cautela diante das incertezas no cenário internacional. A autoridade monetária está atenta aos desenvolvimentos econômicos e pronta para ajustar sua política de acordo com as necessidades do país.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.