Banco Pine ajusta previsão para corte da Selic em 2026

Entenda a nova previsão do Banco Pine sobre os cortes na Selic e seus impactos econômicos.
12/10/2025 às 17:21 | Atualizado há 2 meses
               
Cortes da Selic
Banco Pine retarda previsão de cortes da Selic para janeiro de 2026 por comunicação dura. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Banco Pine adiou a previsão para o início dos cortes da Selic, agora esperando que a redução comece em janeiro de 2026. Essa mudança foi motivada pela postura firme do Banco Central em suas comunicações. A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do próximo ano está marcada para o final de janeiro.

A equipe liderada pelo economista-chefe Cristiano Oliveira acredita que a taxa básica de juros será mantida em 15% por mais tempo. O Banco Central está usando a comunicação como ferramenta para otimizar a política monetária, como indicado recentemente por Gabriel Galípolo, que falou sobre a necessidade de continuar o combate à inflação.

Para 2026, o Pine espera que a Selic atinja 11,50% após cortes graduais. Os impactos da taxa restritiva já podem ser percebidos na economia real, com arrecadação de impostos e confiança do consumidor em desaceleração. O banco revisou a expectativa de crescimento do PIB e prevê um ambiente favorável para ativos brasileiros, com a taxa de câmbio estável.
Banco Pine adia a previsão para o início dos Cortes da Selic, agora esperando que a redução comece em janeiro de 2026, em vez de dezembro de 2025. Essa mudança ocorre devido à postura firme do Banco Central (BC) em suas comunicações. A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no próximo ano está agendada para os dias 27 e 28 de janeiro.

A equipe do economista-chefe Cristiano Oliveira acredita que o BC tem sinalizado a manutenção da taxa básica de juros em 15% por um período prolongado. Segundo os economistas, o Banco Central tem usado a comunicação como ferramenta para otimizar a forma como a política monetária é transmitida.

Gabriel Galípolo, do BC, recentemente mencionou a necessidade de “trincar os dentes”, indicando que o combate à inflação deve continuar, mesmo com alguns sinais de melhora. O banco espera que o Copom inicie o ciclo de afrouxamento monetário com cortes de 0,50 ponto percentual, sem acelerar para 1 p.p., como previsto anteriormente.

Os ajustes devem ocorrer ao longo de 2026, com uma pausa no último trimestre, quando a Selic deve atingir 11,50%. A política monetária, combinada com a valorização cambial, tem ajudado a desacelerar a inflação. O banco espera que o IPCA termine 2025 em 4,7% e recue para 3,8% em 2026, com alívio na inflação de serviços, preços industriais e alimentos.

A taxa restritiva da Selic impacta gradualmente a economia real, com a arrecadação de impostos, os indicadores de confiança e a expansão do crédito bancário mostrando sinais de desaceleração. O Pine revisou a taxa de crescimento do PIB em 2025 de 2,3% para 2,1% e manteve a estimativa de 2026 em 1,7%.

O banco acredita que o hiato do produto deve diminuir nos próximos trimestres, refletindo a menor pressão da demanda devido ao aperto monetário. Os economistas mantêm uma visão positiva para o real e para os ativos brasileiros nos próximos meses. O ambiente global favorece moedas de mercados emergentes, taxas de juros reais elevadas e risco soberano estável.

A taxa de câmbio deve ficar entre R$ 5,15 e R$ 5,25 por dólar até o final do ano. O banco mantém um cenário de desinflação gradual, com atividade em desaceleração e política monetária ainda restritiva, em um ambiente que favorece os ativos brasileiros.

Via Money Times

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