Diante de um cenário global incerto, bancos e instituições financeiras no Brasil estão tomando medidas preventivas. A busca por aconselhamento jurídico em escritórios de advocacia nos Estados Unidos intensificou-se, visando preparar-se para possíveis Sanções ao Brasil impostas unilateralmente pelo governo dos EUA.
Essa movimentação ocorre em resposta a recentes decisões de Washington que impactam diretamente o comércio e as relações bilaterais. A sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, prevista para agosto, e a restrição de entrada de autoridades brasileiras em território americano acenderam um alerta no setor financeiro.
O setor financeiro brasileiro teme sanções diretas a bancos que operam no país, o que poderia limitar ou proibir o relacionamento com instituições financeiras dos EUA, afetando operações de câmbio. As restrições de vistos para autoridades brasileiras também preocupam, pois podem se estender ao acesso ao sistema financeiro americano.
Um executivo do setor, sob anonimato, revelou que os bancos estão avaliando possíveis restrições legais e criando planos de ação para enfrentar cenários críticos. Apesar do clima de apreensão, a exclusão do Brasil do sistema Swift, plataforma vital para transações financeiras internacionais, é considerada improvável.
A investigação comercial aberta pelo USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) contra o Brasil, que questiona o Pix como prática desleal, elevou ainda mais a preocupação. Em resposta, a Febraban defendeu o Pix, destacando sua natureza pública e não discriminatória, aberta a bancos, fintechs e instituições diversas.
A Febraban também reafirmou que não há impedimentos para novos participantes no sistema, desde que atuem no mercado nacional e operem em reais. Questionada sobre as possíveis Sanções ao Brasil, a federação preferiu não comentar sobre hipóteses.
Paralelamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que o governo brasileiro está elaborando planos de contingência econômicos para mitigar os efeitos da nova postura comercial dos EUA. O governo busca alternativas para proteger a economia brasileira de possíveis impactos negativos.
A situação demanda atenção e análise criteriosa, com o objetivo de preservar a estabilidade do sistema financeiro e a continuidade das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. As próximas semanas serão cruciais para definir os rumos dessa questão.
Via Folhapress