A bandeira tarifária para o mês de junho será bandeira tarifária vermelha no patamar 1, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira. Essa mudança indica um aumento no custo da energia elétrica para os consumidores, que já estão sob a bandeira amarela atualmente. Assim, as contas de luz ficam mais caras, com uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos.
Essa decisão impacta todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional. A Aneel explicou que, devido à baixa afluência das chuvas, o Operador Nacional do Sistema (ONS) previu uma redução na geração hidrelétrica em comparação ao mês anterior, o que aumenta os custos operacionais ao acionar fontes de energia mais caras, como as usinas termoelétricas.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, já havia indicado durante a semana que a bandeira vermelha poderia ser implantada devido a essas condições climáticas desfavoráveis. Ele também mencionou que os níveis de armazenamento de água estão abaixo de 71%, em comparação com os 75% registrados no mesmo período do ano passado. Além disso, outros fatores, como a ampliação da isenção de consumo para clientes de baixa renda e a alta dos custos de geração, afetam a situação.
Desde a sua implementação em 2015, as bandeiras tarifárias oferecem uma maneira de informar os consumidores sobre os custos reais de geração de energia, permitindo que adaptem seu consumo conforme necessário. Isso evita a percepção de um novo custo, mas introduz um sinal de preço que reflete as condições atuais da geração.
Antes da introdução desse sistema, as flutuações nos custos de geração eram repassadas para os consumidores com até um ano de atraso, durante o reajuste tarifário, além de serem corrigidas pela Selic. Agora, através das bandeiras, os consumidores podem ter uma percepção mais imediata do custo de energia.
As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte forma:
– **Bandeira verde:** condições favoráveis de geração, sem acréscimos na tarifa.
– **Bandeira amarela:** condições menos favoráveis, com acréscimo de R$ 1,885 por kWh.
– **Bandeira vermelha – Patamar 1:** condições mais custosas. A tarifa sofre um acréscimo de R$ 4,463 por kWh consumido.
– **Bandeira vermelha – Patamar 2:** ainda mais custosas, com um acréscimo de R$ 7,877 por kWh.
Os consumidores devem estar conscientes dessas alterações e se preparar para um aumento em suas contas de energia a partir de junho, já que a bandeira tarifária vermelha entra em vigor. Essa mudança é um lembrete da volatilidade do setor elétrico e da importância de monitorar o consumo de energia.
Via Exame