Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), declarou que a falta de punição adequada para os crimes do 8 de janeiro STF pode incentivar a repetição de tais atos. A afirmação foi feita durante o evento CEO Conference Brasil 2025, promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo.
Barroso enfatizou a necessidade de encerrar o ciclo de quebra da legalidade constitucional na história brasileira. Segundo ele, a impunidade pode levar outros a repetirem os mesmos erros.
Na semana anterior à conferência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia ao STF contra 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusadas de tramar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula. Bolsonaro e seus aliados são suspeitos de crimes como organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.
A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) aponta Bolsonaro como líder da trama golpista, detalhando ações desde 2021 até os eventos de 8 de janeiro, com o objetivo de comprovar a tentativa de golpe em andamento.
Durante o evento, Barroso também comentou sobre a estabilidade das relações entre os Poderes nos últimos anos, apesar das tensões. Ele destacou os principais pontos de conflito: as consequências dos atos de **8 de janeiro STF**, a investigação contra o ex-presidente Bolsonaro e as dificuldades na economia e segurança.
Referindo-se à denúncia contra Bolsonaro, Barroso reconheceu que a situação dificulta a pacificação do país, mas ressaltou que não pode ser ignorada. Ele afirmou que o papel do STF é julgar, especialmente em casos de articulação de golpe que envolvem planejamento de assassinatos.
O caso do **8 de janeiro STF** é um divisor de águas na história recente do país, com implicações significativas para a democracia e o sistema legal brasileiro. A declaração de Barroso reforça a importância de responsabilizar os envolvidos, a fim de prevenir futuras ameaças ao Estado democrático de Direito.