Bill Gates critica Elon Musk por cortes em agência dos EUA que afetam crianças

Bill Gates acusa Elon Musk de prejudicar crianças com cortes em agência dos EUA. Entenda a polêmica.
08/05/2025 às 12:02 | Atualizado há 4 meses
Doação de Bill Gates
Bilionário planeja gastar R$ 1 trilhão em filantropia e encerrar fundação em 2045. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

**Doação de Bill Gates**: Bilionário anuncia que vai doar quase toda sua fortuna de US$ 200 bilhões (R$ 1,1 trilhão) para a Fundação Gates, com o objetivo de encerrar as atividades da organização até 2045. Em entrevista, Gates também criticou Elon Musk pelos cortes na ajuda humanitária e defendeu a importância do financiamento dos EUA para causas globais.

O fundador da Microsoft, Bill Gates, planeja acelerar a doação de Bill Gates e encerrar a Fundação Gates em 20 anos. A decisão foi comunicada no 25º aniversário da organização, através de uma publicação intitulada “Meu novo prazo: 20 anos para doar praticamente toda a minha riqueza”. Gates tem se dedicado exclusivamente à filantropia desde que deixou o conselho administrativo da Microsoft em 2020.

Além do anúncio sobre a doação, Gates criticou Elon Musk, acusando-o de prejudicar crianças carentes com cortes no orçamento de ajuda humanitária dos Estados Unidos. Segundo Gates, Musk estaria “matando as crianças mais pobres do mundo” ao implementar cortes significativos na ajuda humanitária global.

Gates expressou o desejo de que Musk visite as crianças que foram infectadas pelo HIV, após os cortes de verbas para um hospital em Moçambique. Ele mencionou que o hospital impedia a transmissão do vírus de mães para bebês, criticando a crença de que os EUA estariam fornecendo preservativos para o Hamas em Gaza.

O Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Musk, cortou o financiamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). Essa agência é responsável por fornecer bilhões de dólares para causas relacionadas à saúde global, incluindo vacinas para crianças e assistência alimentar emergencial.

Em uma postagem em seu site, Gates afirmou que não quer ser lembrado como alguém que “morreu rico”. Ele enfatizou que existem problemas urgentes no mundo que precisam de recursos para ajudar as pessoas. Gates pretende impedir que recém-nascidos, crianças e mães morram de causas evitáveis, além de erradicar doenças como pólio, malária e sarampo, e reduzir a pobreza.

Gates questionou se outros países ricos, como Reino Unido e França, continuarão a apoiar suas populações mais carentes. Ele também reconheceu que o progresso da fundação depende do apoio de governos, elogiando a resposta dos líderes africanos que readequaram seus orçamentos após os cortes de ajuda dos EUA.

A Fundação Gates já doou US$ 100 bilhões desde sua criação, apoiando iniciativas como o grupo de vacinas Gavi e o Fundo Global de Combate a Aids, Tuberculose e Malária. Criada em 2000 por Gates e sua ex-esposa, Melinda, a fundação tem grande participação no setor de saúde global, com um orçamento anual que deve chegar a US$ 9 bilhões até 2026.

A organização será fechada depois que 99% da fortuna pessoal de Gates for gasta. Seus herdeiros devem ficar com cerca de 1% de seu patrimônio, conforme ele já havia mencionado.

Os planos de doação de Bill Gates e o encerramento da fundação marcam um momento crucial na filantropia global. A atuação da Fundação Gates tem sido fundamental para o enfrentamento de desafios urgentes na área da saúde e na redução da pobreza. A decisão de Gates de doar quase toda a sua fortuna até 2045 demonstra seu compromisso em utilizar seus recursos para causar um impacto positivo no mundo.

Via InfoMoney

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