O Bitcoin atingiu seu menor valor em sete meses, refletindo um cenário de pessimismo entre os investidores de criptoativos. A queda está associada à diminuição das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve dos EUA e ao aumento da aversão ao risco.
Além do Bitcoin, outras criptomoedas importantes, como Ether e Ripple, também registraram quedas significativas. A paralisação temporária do governo americano e a insegurança macroeconômica global contribuíram para o movimento.
Este contexto evidencia como fatores econômicos externos influenciam fortemente o mercado de criptomoedas. Investidores devem acompanhar as decisões do Fed e indicadores de risco para ajustar suas estratégias com consciência.
O Bitcoin atinge mínima de sete meses, refletindo um período de pessimismo no mercado de criptoativos. A principal criptomoeda do mundo chegou a ser negociada abaixo de US$ 90 mil, o menor valor desde abril, impactada por fatores macroeconômicos e pela aversão ao risco dos investidores. O índice *Fear & Greed*, que mede o sentimento do mercado, apontou para um “medo extremo”, com apenas 11 pontos, evidenciando a cautela predominante.
Às 10h21 (horário de Brasília), o bitcoin apresentava uma desvalorização de 3,4% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 91.591. As altcoins também sentiram o impacto, com o ether (ETH) recuando 3,4%, negociado a US$ 3.050, e o XRP, token de pagamentos da Ripple, caindo 3,1%, para US$ 2,18. Solana (SOL) desvalorizou 2,2%, a US$ 137,78, enquanto o BNB, da Binance Smart Chain, registrou perdas de 0,9%, cotado a US$ 916,58. O valor total do mercado de criptoativos atingiu US$ 3,22 trilhões.
A recente queda do bitcoin está intrinsecamente ligada à diminuição das expectativas de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos promova um corte de juros em dezembro. A probabilidade de tal redução caiu drasticamente de 70% para 42% em apenas uma semana, conforme dados da Wintermute, empresa de trading algorítmico. A paralisação do governo americano, conhecida como shutdown, também contribuiu para o cenário, impedindo a divulgação de dados macroeconômicos cruciais, como os do mercado de trabalho.
A incerteza gerada pela situação nos Estados Unidos, incluindo o adiamento da aprovação de um projeto de financiamento governamental, impulsionou o índice VIX, conhecido como indicador de medo de Wall Street, a subir 15%. A retomada das atividades governamentais sugere que o banco central americano adotará uma postura mais cautelosa, diminuindo as chances de alívio monetário ainda este ano. A ferramenta CME FedWatch agora estima uma probabilidade de corte de 45% em dezembro, um contraste significativo com os 94% observados um mês antes.
A queda do bitcoin se intensificou após o ativo atingir sua máxima histórica no início de outubro, ultrapassando os US$ 126 mil. Analistas apontam que, além da realização de lucros, um movimento natural de correção após um recorde, a dinâmica atual reflete um ajuste mais profundo. Esse cenário de incerteza macroeconômica e menor apetite por risco tem levado investidores a reconsiderar suas posições em criptomoedas, contribuindo para a pressão de baixa sobre o bitcoin e outras altcoins.
Este cenário de Bitcoin atinge mínima e incerteza econômica ressalta a importância de monitorar de perto os indicadores macroeconômicos e as decisões do Federal Reserve, que continuam a influenciar o mercado de criptoativos. Acompanhar esses fatores pode ajudar investidores a tomar decisões mais informadas e a navegar com mais segurança no volátil mundo das criptomoedas.
Via Startupi