O Bitcoin caiu abaixo dos US$ 100 mil pela primeira vez em cinco meses, atingindo aproximadamente US$ 99.780, o que refletiu uma queda significativa devido às incertezas econômicas e à expectativa sobre as decisões do Federal Reserve.
Essa queda gerou uma redução de US$ 840 bilhões no valor total do mercado global de criptomoedas, com perdas também relevantes em outras moedas digitais como Ethereum, XRP e Solana.
O movimento acompanha uma mudança no cenário financeiro global, impactado por ajustes nas taxas de juros dos Estados Unidos e pela volatilidade causada por decisões políticas e econômicas, exigindo atenção dos investidores ao direcionamento futuro do mercado.
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A recente turbulência no mercado de criptomoedas chamou a atenção de investidores e entusiastas. O Bitcoin abaixo de US$ 100 mil, atingindo seu valor mais baixo em cinco meses, um sinal de cautela em meio às incertezas econômicas globais. A queda faz parte de um movimento mais amplo, impactando diversas criptomoedas e refletindo uma mudança na postura dos investidores.
Na última terça-feira, o Bitcoin sofreu uma queda de 6,4%, sendo cotado a aproximadamente US$ 99.780 (R$ 538 mil). Esse valor não era registrado desde junho, marcando um período de instabilidade para a principal criptomoeda do mercado. A aversão ao risco aumentou devido às expectativas em relação às decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
O mercado global de criptomoedas viu seu valor total encolher US$ 840 bilhões (R$ 4,5 trilhões) no último mês. Os dados do CoinMarketCap mostram uma diminuição de US$ 4,21 trilhões (R$ 22,7 trilhões) em 5 de outubro para US$ 3,36 trilhões (R$ 18,1 trilhões), representando uma queda de 20%.
O Bitcoin liderou a baixa, com uma queda acumulada de 12,4% nos últimos sete dias. Outras criptomoedas também apresentaram perdas significativas: Ethereum (-20,8%), XRP (-18%), BNB (-19,2%), Solana (-22,2%) e Dogecoin (-20,8%). Essa performance negativa evidencia um cenário de correção generalizada no mercado de criptoativos.
Essa queda ocorre cerca de um mês após o Bitcoin atingir um novo recorde histórico, ultrapassando os US$ 126 mil (R$ 679 mil) em 6 de outubro. Na véspera da decisão do Fed de reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na semana passada, a moeda digital já havia despencado quase 11%. A sinalização de Jerome Powell, presidente do banco central, de que novos cortes não estão garantidos em dezembro, intensificou a pressão sobre os mercados.
Historicamente, as criptomoedas tendem a se valorizar quando o Fed reduz as taxas de juros. Durante a pandemia, o Bitcoin saltou de US$ 5 mil (R$ 26,9 mil) em março de 2020 para cerca de US$ 69 mil (R$ 372 mil) em novembro de 2021, impulsionado por políticas monetárias expansionistas. O contrário ocorreu em 2018, quando o Fed aumentou os juros e o Bitcoin caiu de US$ 20 mil (R$ 108 mil) para cerca de US$ 3 mil (R$ 16 mil).
Em outubro, o Bitcoin registrou uma queda de 3,7%, o pior desempenho para o mês em dez anos, segundo dados do CoinMarketCap. A incerteza sobre os próximos passos do Fed e as divergências internas sobre a política monetária contribuem para a volatilidade do mercado.
O suporte político, especialmente do governo de Donald Trump, impulsionou os preços do Bitcoin no início de 2025. A flexibilização das regras para o mercado de criptoativos, juntamente com grandes investimentos corporativos, fez a moeda superar as marcas de US$ 110 mil (R$ 593 mil) e US$ 120 mil (R$ 647 mil) em apenas dois meses.
O Trump Media and Technology Group anunciou um plano de US$ 2,5 bilhões (R$ 13,5 bilhões) para criar uma reserva corporativa de Bitcoin. Além disso, o governo dos Estados Unidos acumulou reservas significativas, estimadas entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões (R$ 80,8 bilhões a R$ 107,8 bilhões) em Bitcoin em agosto, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Durante a paralisação parcial do governo norte-americano, o Bitcoin se destacou como ativo de refúgio, acompanhando a valorização de outros ativos como ouro, prata e platina. Esse comportamento reforça a percepção do Bitcoin como uma alternativa em tempos de incerteza econômica e política.
A queda do Bitcoin abaixo de US$ 100 mil e a subsequente reação do mercado de criptomoedas demonstram a sensibilidade desses ativos às políticas econômicas e decisões dos bancos centrais. Acompanhar de perto os movimentos do Fed e as tendências do mercado torna-se essencial para investidores que buscam navegar nesse ambiente volátil.
Via Forbes Brasil
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