BlackRock investe em ETFs e alternativas com baixo risco

Saiba como a BlackRock se posiciona no mercado de ETFs e investimentos alternativos, minimizando riscos para investidores.
22/07/2025 às 17:21 | Atualizado há 2 dias
BlackRock em ETFs
Posição de 5% do fundo agora em ações da BlackRock. Oportunidade promissora!. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

Recentemente, um fundo de investimento anunciou a alocação de 5% de sua posição em ações da BlackRock em ETFs. A decisão foi motivada pela expectativa de que o lucro operacional da empresa deverá mais que dobrar nos próximos cinco anos. Além disso, a análise aponta para uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 17% ao ano em dólares, o que, traduzido para o cenário brasileiro, representa aproximadamente CDI + 10% no período.

A avaliação considera ainda a possibilidade de uma reprecificação do múltiplo, o que poderia antecipar a criação de valor e aumentar o retorno do investimento nos anos iniciais. Atualmente, a BlackRock, que administra US$ 12,5 trilhões em ativos, está sendo negociada a 20 vezes o lucro projetado para 2026 e possui um valor de mercado de US$ 170 bilhões na bolsa.

Empresas com histórico de crescimento consistente e diferenciais competitivos tendem a gerar altos retornos sobre o capital investido. No entanto, a alocação de capital se torna um fator crucial para empresas com rentabilidade elevada. A trajetória da BlackRock ilustra a importância da visão estratégica de seu CEO, Larry Fink, que sempre antecipou as tendências do mercado.

Fundada em 1988, a BlackRock iniciou suas atividades focada na gestão de renda fixa. Nos anos 90, diversificou seus serviços com o lançamento do Aladdin, um software de gestão de risco que se tornou essencial para clientes e operações internas. A fusão com o braço de gestão do PNC Bank expandiu ainda mais a atuação da empresa, incorporando fundos mútuos de ações.

A consolidação global da BlackRock ocorreu a partir dos anos 2000, por meio de aquisições estratégicas. A compra da State Street e da Merrill Lynch Investment Managers impulsionaram o tamanho da empresa, que atingiu US$ 1 trilhão em ativos sob gestão.

A aquisição da Barclays Global Investors (BGI), proprietária da franquia de ETFs iShares, foi um marco transformador. Essa aquisição posicionou a BlackRock como líder no mercado de ETFs, um segmento que tem impulsionado seu crescimento nas últimas décadas e que hoje representa sua principal linha de negócio.

O portfólio 60/40, com 60% em ações e 40% em renda fixa, tem sido uma estratégia de alocação de ativos para fundos de pensão e carteiras previdenciárias. O retorno histórico anualizado desse portfólio, de cerca de 9% em dólares por mais de 60 anos, demonstra a consistência e o desempenho dessa estratégia. A ampla aceitação desse portfólio impulsionou os negócios da BlackRock, principalmente por meio da BGI, que oferece ETFs de baixo custo que replicam os componentes de ações e renda fixa da estratégia 60/40.

Em sua carta anual de 2024, Larry Fink propôs um novo modelo de portfólio, o 50/30/20, que aloca 50% em ações, 30% em renda fixa e 20% em ativos alternativos, como private equity, infraestrutura e crédito privado. Fink argumenta que grande parte do crescimento e da inovação econômica ocorre nos mercados privados, oferecendo maior potencial de retorno e diversificação. As recentes aquisições da GIP, Preqin e HPS demonstram a convicção de Fink nesse movimento. Com esses novos ativos, a BlackRock busca oferecer uma solução mais completa aos seus clientes.

O modelo de receita da BlackRock está ligado ao desempenho dos mercados de renda fixa e variável. A receita da empresa é derivada do volume de ativos sob gestão e se beneficia da valorização dos mercados e de uma base de distribuição que garante fluxos de captação de novos recursos. A alocação para ativos privados deve impulsionar ainda mais o crescimento da BlackRock, que cobra taxas de administração maiores que as taxas médias dos ETFs.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.