O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um Financiamento do BNDES de R$ 566 milhões para a Gerdau, visando a construção de um mineroduto e um rejeitoduto em Ouro Preto, Minas Gerais, além da implementação de um centro de reciclagem em Pindamonhangaba, São Paulo. Essa iniciativa ambiciosa busca impulsionar a sustentabilidade e a eficiência operacional da empresa.
Os projetos financiados pelo BNDES têm como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa em mais de 100 mil toneladas equivalentes por ano. Além disso, a expectativa é de que sejam gerados cerca de 4.500 empregos diretos e indiretos, fomentando o desenvolvimento econômico e social nas regiões impactadas.
O mineroduto, com 13 quilômetros de extensão, ligará a Mina de Miguel Burnier, em Ouro Preto, à unidade de produção de aço da Gerdau em Ouro Branco, também em Minas Gerais. Paralelamente, será construído um rejeitoduto com 10 quilômetros de comprimento, otimizando o transporte de materiais e minimizando os impactos ambientais.
Em Pindamonhangaba, o novo centro de reciclagem terá a capacidade de processar e separar materiais como ferrosos, não ferrosos, terra, borracha e plástico, aumentando a utilização de sucata metálica na produção de aço. Essa iniciativa contribuirá significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se às práticas de economia circular.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, enfatizou que o projeto está alinhado com a nova política industrial do governo, que prioriza a descarbonização e o desenvolvimento de uma indústria nacional mais verde. Ele destacou que o Financiamento do BNDES, proveniente do Fundo Clima, permitirá a substituição de 1,5 mil caminhões por dia no transporte de 60 mil toneladas de minério, graças à implantação do mineroduto.
A Gerdau, uma das maiores recicladoras de sucata das Américas, adquire anualmente cerca de 10 milhões de toneladas de sucata de diversas fontes, incluindo indústrias, cooperativas e catadores. A empresa estima que suas compras anuais de sucata movimentam mais de 1 milhão de pessoas somente no Brasil, evidenciando seu impacto social e econômico.
Rafael Japur, CFO da Gerdau, destacou a importância do acesso ao Fundo Clima do BNDES para a trajetória da empresa, ressaltando que os investimentos permitirão ampliar a eficiência energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e fortalecer a competitividade do negócio. Ele expressou satisfação em retomar o relacionamento com o BNDES e vislumbra novas oportunidades de colaboração futura.
O Financiamento do BNDES representa um marco para a Gerdau, impulsionando seus esforços em direção a uma produção mais sustentável e eficiente. Com a construção do mineroduto e do centro de reciclagem, a empresa reforça seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a promoção do desenvolvimento econômico e social nas regiões onde atua.
Via Money Times