Em Brasília, neste sábado (1º), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu uma estratégia crucial para o futuro da direita brasileira. Reunido com a bancada do PL na Câmara e no Senado, Bolsonaro propôs uma Aliança Bolsonaro Centrão
, visando as eleições de 2026. O ex-presidente incentivou o apoio aos candidatos escolhidos pelo partido para presidir o Congresso.
Bolsonaro busca fortalecer a direita para 2026. Ele pediu aos parlamentares do PL que votassem em Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado e Hugo Motta (Republicanos-PB) para a Câmara. Essa Aliança Bolsonaro Centrão
gerou controvérsias entre alguns membros da direita. Eles preferiam candidatos mais alinhados ideologicamente à oposição.
Bolsonaro almeja que a maioria dos votos do PL se concentre nesses dois candidatos. O objetivo é demonstrar unidade e reforçar as pautas da oposição junto aos eleitos. A principal reivindicação da Aliança Bolsonaro Centrão
é a anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Sóstenes Cavalcante (RJ), futuro líder do PL na Câmara, enfatizou a necessidade de buscar alianças com o centro. “Precisamos pensar em 2026 com a responsabilidade que a data exige. Temos que atrair o máximo de partidos aliados para o nosso lado”, declarou. Contudo, alguns parlamentares da oposição desaprovam a Aliança Bolsonaro Centrão
.
Nikolas Ferreira (PL-MG), crítico dos acordos com o centrão, ausentou-se da reunião. Apesar de sua inelegibilidade devido a condenações no TSE, Bolsonaro confirmou sua intenção de se candidatar à presidência em 2026. Domingos Sávio (PL-MG) indicou Republicanos, PP e União Brasil como alvos da Aliança Bolsonaro Centrão
. Esses partidos apoiaram o governo Bolsonaro, mas também têm votado com o governo Lula. “A perspectiva de poder tem mais peso do que o poder em si após a metade do mandato”, observou Sávio. Ele sugeriu que as pautas de costumes podem ser um atrativo para esses partidos se aproximarem da direita e da Aliança Bolsonaro Centrão
. A estratégia de Bolsonaro de se aproximar do Centrão para as eleições de 2026 levanta questões sobre o futuro da direita brasileira e a composição do cenário político nos próximos anos.
Via Folha de S.Paulo
