Bolsonaro nega tentativa de golpe em ato na Paulista e solicita ‘ajuda externa’

Ato de Bolsonaro na Paulista: saiba mais sobre o evento que reuniu apoiadores, gerando debates sobre anistia e os atos de 8 de janeiro. Descubra os detalhes!
07/04/2025 às 09:16 | Atualizado há 2 semanas
Ato de Bolsonaro na Paulista
Bolsonaro defende cabeleireira presa por pichação e nega tentativa de golpe. (Imagem/Reprodução: Folhavitoria)

No último domingo, apoiadores do ex-presidente **Jair Bolsonaro** se reuniram para um Ato de Bolsonaro na Paulista, um evento que teve como objetivo central a discussão sobre a anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro em Brasília. O protesto, que ocorreu na principal avenida de São Paulo, reuniu diversas figuras políticas e atraiu a atenção da mídia e da população.

O evento teve início às 14h, com foco principal na defesa do projeto de lei que está tramitando na Câmara dos Deputados. Este projeto visa conceder anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos, gerando debates e discussões no cenário político.

Durante o Ato de Bolsonaro na Paulista, o ex-presidente discursou em defesa de Débora Rodrigues Santos, uma cabeleireira que foi detida por envolvimento nos atos golpistas e por ter vandalizado a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação contou com participantes vestindo verde e amarelo, exibindo batons em referência ao episódio envolvendo Débora, que já obteve o benefício da prisão domiciliar.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Débora aderiu ao movimento golpista desde o término das eleições de 2022, sendo ainda suspeita de destruir evidências e obstruir o trabalho dos investigadores e da Justiça.

Em seu discurso, Bolsonaro expressou a convicção de que, caso estivesse no Brasil em 8 de janeiro, teria sido preso, o que não ocorreu devido a sua viagem para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022.

O ex-presidente também mencionou a ausência de seu filho, Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo de deputado federal e se mudou para os Estados Unidos sob alegação de perseguição política. Segundo Bolsonaro, Eduardo mantém contato com pessoas influentes ao redor do mundo, depositando esperanças em possíveis intervenções externas.

Além de Bolsonaro, estiveram presentes no Ato de Bolsonaro na Paulista governadores como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Junior (Paraná), Wilson Lima (Amazonas), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Jorginho Mello (Santa Catarina). Parlamentares e outras autoridades também marcaram presença, incluindo o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Vale lembrar que Bolsonaro está inelegível por 8 anos, até 2030, devido à decisão da Justiça Eleitoral de que a reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022 teve fins eleitorais, durante a qual o então presidente fez declarações infundadas, questionando a integridade do sistema eleitoral brasileiro.

Bolsonaro também é réu por tentativa de golpe, juntamente com outras sete pessoas, desde a decisão unânime da Primeira Turma do STF no mês anterior. Os ministros votaram a favor do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que implica que Bolsonaro e os demais réus responderão a um processo penal que pode resultar em pena de prisão.

O Ato de Bolsonaro na Paulista demonstra a continuidade do engajamento de seus apoiadores e a relevância dos debates sobre a anistia e os eventos de 8 de janeiro no cenário político nacional.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.