Na última terça-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma live diretamente do hospital DF Star, onde se recupera de uma cirurgia intestinal de 12 horas. A transmissão, liderada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), tinha como objetivo promover a venda de um capacete de grafeno, produto de uma empresa da qual ambos são sócios. A participação de Bolsonaro live hospital gerou repercussão e discussões sobre a ética de promover produtos durante a recuperação médica.
Além de Flávio Bolsonaro, a live contou com a presença dos filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (vereador do Rio) e Eduardo Bolsonaro (deputado licenciado), e também do tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet. A transmissão, intitulada “Super Live do Capacete Bolsonaro – com Nelson Piquet”, atraiu um grande número de espectadores e gerou debates nas redes sociais.
Inicialmente, havia a expectativa de que Bolsonaro não participaria ativamente da live, devido ao seu período de recuperação pós-cirúrgico. No entanto, o ex-presidente fez diversas declarações durante a transmissão, utilizando um aparelho de auxílio respiratório. Em um dos momentos, Bolsonaro mencionou a expectativa de receber alta hospitalar na segunda-feira seguinte, dia 28.
Durante a live, Carlos Bolsonaro chegou a exibir uma foto do ex-presidente com o abdômen aberto durante uma de suas cirurgias. A justificativa para a exibição da imagem seria rebater acusações de que a facada sofrida por Bolsonaro em 2018 teria sido falsa. A exibição da imagem gerou polêmica e discussões sobre os limites da exposição da vida pessoal de figuras públicas.
Em outro momento da transmissão, enquanto Flávio Bolsonaro pedia orações pela recuperação do pai, uma tela exibia a frase “compre agora o capacete do Bolsonaro”. A estratégia de *marketing* chamou a atenção e foi interpretada por alguns como uma tentativa de capitalizar sobre o momento de saúde do ex-presidente.
Durante a live, três apoiadores foram sorteados para receber o capacete das mãos de Bolsonaro após sua alta hospitalar. Os vencedores foram duas mulheres de Brasília (DF) e Teresópolis (RJ), e um homem do Guarujá (SP). O ex-presidente também aproveitou o momento para ironizar as urnas eletrônicas, questionando a preferência dos participantes sobre o método de sorteio.
O capacete de grafeno, promovido durante a live, está disponível em pré-venda por R$ 598 em preço promocional. Em uma peça publicitária veiculada no início da transmissão, Bolsonaro destacou a “resistência, leveza e tecnologia” do produto, afirmando que ele mesmo o utiliza. A ação de Bolsonaro live hospital teve grande alcance.
A participação de Bolsonaro na live, mesmo em recuperação hospitalar, reacendeu discussões sobre a postura do ex-presidente e seus familiares em relação à promoção de produtos e à utilização de sua imagem pública para fins comerciais. A situação levanta questionamentos sobre os limites éticos e a responsabilidade das figuras públicas em suas ações de *marketing* e comunicação.
