Após a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o Brasil ascendeu para a segunda posição no ranking global de maiores taxas de juro real do mundo. Este levantamento, conduzido pela MoneYou e Lev Intelligence, analisou 40 países com mercados de renda fixa relevantes, destacando o Brasil com uma taxa de 9,53%, superado apenas pela Turquia.
A elevação da Taxa Selic para 15% impactou diretamente a posição do Brasil no cenário do juro real do mundo. Mesmo diante das discussões sobre a manutenção ou aumento da taxa, a posição do país no ranking persistiria devido à pequena variação percentual. O Brasil agora se encontra à frente de grandes economias como Rússia, Argentina e África do Sul.
O relatório de Jason Vieira aponta que a guerra comercial entre EUA e outros países contribuiu para atenuar a pressão inflacionária. Este cenário ajudou a evitar uma maior pressão de câmbio e a descompressão dos preços de commodities, fatores que poderiam agravar a situação do juro real do mundo.
Apesar desse alívio, o estudo ressalta que as incertezas inflacionárias persistem, impulsionadas pelos debates sobre a questão fiscal e pela pressão dos preços dos alimentos. Esses elementos continuam a influenciar as decisões econômicas e a trajetória do juro real do mundo.
Uma análise mais ampla indica que muitos países estão adotando uma postura mais flexível em relação ao aperto monetário. Uma parte considerável das nações optou pela manutenção das taxas de juros, enquanto outras começaram a considerar cortes. Esse movimento global impacta diretamente a competitividade do Brasil no ranking do juro real do mundo.
Em um panorama com 165 países, a maioria manteve suas taxas de juros, enquanto uma pequena parcela elevou e uma outra cortou. Entre os 40 países analisados no ranking, metade manteve as taxas, uma pequena fração elevou e uma parcela significativa reduziu. Essa dinâmica evidencia uma tendência global de afrouxamento monetário, contrastando com a situação do juro real do mundo no Brasil.
Anteriormente, o Brasil ocupava a terceira posição no levantamento realizado em maio, com juros reais de 8,65%. Em março, estava na quarta posição, com 8,79%, e em janeiro liderava o ranking com 9,18% ao ano. Essas variações refletem a volatilidade do cenário econômico e a constante necessidade de ajustes nas políticas monetárias para manter a estabilidade.
Via InfoMoney