O Brasil está empenhado em liderar um esforço global para intensificar as metas de emissões de gases de efeito estufa. O objetivo é garantir que o aumento da temperatura global seja mantido abaixo de 2 graus Celsius, conforme o Acordo de Paris. Para alcançar esse objetivo ambicioso, o país busca o apoio e o compromisso de grandes economias, como a Europa e a China, além de outras nações em desenvolvimento.
O presidente Lula e o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, estão coordenando uma reunião online com líderes das 35 maiores economias do mundo. O encontro tem como foco principal o reforço dos compromissos climáticos. Paralelamente, o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, presidente da COP30, viajou a Pequim para discutir as metas de emissões chinesas com autoridades locais, visando um alinhamento mais ambicioso com o Acordo de Paris.
A COP30, que será sediada em Belém, marcará o décimo aniversário do Acordo de Paris. O Brasil espera que a cúpula impulsione novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que estejam alinhadas com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 ou 2 graus Celsius. Diplomatas brasileiros estão trabalhando em conjunto com a ONU para incentivar os países a apresentarem novas metas de emissões até setembro, buscando reverter o cenário atual de compromissos insuficientes.
O Brasil pretende usar sua presidência no Brics para fortalecer o diálogo sobre metas de emissões com a China, dada a importância do país nas negociações climáticas globais. Encontros bilaterais entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, estão previstos para discutir o tema. No entanto, a China ainda não sinalizou intenção de aumentar suas metas, em um contexto de desafios econômicos internos e tensões comerciais internacionais.
Apesar dos desafios, o Brasil mantém o otimismo e busca engajar outros países em um esforço conjunto para alcançar metas de emissões mais ambiciosas e eficazes. A colaboração internacional e o multilateralismo são vistos como caminhos essenciais para enfrentar as questões climáticas globais e garantir um futuro sustentável.
Via Forbes Brasil