O Brasil e o Chile estão se consolidando como importantes polos para a inteligência artificial (IA) na América Latina. Um relatório do BTG Pactual revela que a infraestrutura de data centers nesses países é essencial para o armazenamento e treinamento de modelos de IA. Tanto Brasil quanto Chile possuem características que atraem investimentos para essas unidades.
A demanda por data centers está crescendo, especialmente devido ao aumento da IA. Países como os EUA enfrentam um aumento significativo no consumo de energia, passando de 31 GW em 2024 para 83 GW em 2030. Enquanto isso, Brasil e Chile oferecem fontes de energia renováveis e acessíveis, sendo propícios para atender a essa necessidade energética.
Atualmente, o Brasil possui 188 data centers, enquanto o Chile conta com 65 e quer triplicar essa capacidade até 2030. Iniciativas como o Plano Nacional de Data Centers no Brasil visam desonerar investimentos, promovendo o uso de energia 100% renovável para atrair mais investidores e fortalecer a posição desses países no cenário da IA.
O Data centers no Brasil e no Chile estão se posicionando como importantes polos para o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) na América Latina. Um relatório recente do BTG Pactual destaca que ambos os países possuem características atrativas para a instalação dessas unidades de processamento de dados, essenciais para o armazenamento e treinamento de modelos de IA. Mas, afinal, o que torna o Brasil e o Chile tão estratégicos nesse cenário?
A crescente demanda por data centers, impulsionada pela expansão da IA, exige um consumo significativo de energia. Nos Estados Unidos, por exemplo, a expectativa é que a demanda por data centers aumente de 31 GW em 2024 para 83 GW em 2030, elevando o consumo de energia do país de 4% para 11,7% da produção total. Na Europa, a regulamentação dificulta a instalação de novos data centers.
Brasil e Chile se destacam por possuírem fontes de energia abundantes e de baixo custo, especialmente as renováveis. O Brasil, com sua vasta capacidade de geração hidrelétrica nas regiões Sudeste e Sul, e o Chile, com a energia solar e eólica desperdiçada no norte do país, têm potencial para suprir a demanda energética dos data centers.
O Nordeste brasileiro, com mais de 20% de sua matriz energética proveniente de fontes renováveis, enfrenta um problema de falta de demanda e capacidade de transmissão, energia que poderia ser aproveitada pelos data centers. No Chile, cerca de 20% da energia solar e eólica gerada é perdida anualmente devido à sobrecapacidade instalada, principalmente no norte do país.
Atualmente, o Brasil possui 188 data centers, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Fortaleza se destaca por ser o ponto de passagem de 90% do tráfego internacional de dados, conectada a 16 cabos submarinos, reduzindo a latência na transmissão de dados. O Chile, por sua vez, possui 65 unidades e planeja triplicar sua capacidade até 2030, atraindo cerca de US$ 2,5 bilhões em investimentos.
O Brasil também está desenvolvendo um Plano Nacional de Data Centers, que visa criar um regime tributário especial para desonerar investimentos nessas unidades, como a isenção ou redução de tributos federais na aquisição e importação de equipamentos, incluindo requisitos de sustentabilidade, como o uso de energia 100% renovável.
Via Money Times