De acordo com o Ranking de Competitividade Global, o Brasil ocupa a penúltima posição em eficiência governamental no Brasil, superando apenas a Venezuela. Em um estudo que avaliou 69 países, o Brasil ficou em 68º lugar, enquanto a Venezuela ficou em 69º. Os líderes em eficiência governamental são Suíça, Singapura e Hong Kong.
O ranking, elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD) em colaboração com a Fundação Dom Cabral (FDC), avalia diversos aspectos além da eficiência governamental, como infraestrutura, eficiência empresarial e desempenho econômico. Considerando todos esses fatores, o Brasil avançou quatro posições, passando do 62º para o 58º lugar entre as economias mais competitivas.
Dentro da avaliação de eficiência do governo, o Brasil apresenta resultados alarmantes em subcategorias específicas. O país está em último lugar no quesito custo de capital e é o segundo pior em protecionismo. Além disso, ocupa a 67ª posição em finanças públicas, legislação trabalhista relacionada ao desemprego e adaptabilidade das políticas governamentais.
Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC, destaca que esses dados revelam desafios persistentes que afetam o ambiente de negócios e o desenvolvimento social no Brasil. Ele ressalta a necessidade de o governo brasileiro reavaliar a qualidade dos gastos públicos, buscando um impacto maior na atividade econômica e nos benefícios para a sociedade.
Tadeu também aponta o protecionismo como um fator que inibe o comércio internacional, contrastando com as práticas dos países líderes no ranking de competitividade. Ele defende que o Brasil precisa buscar um ambiente de negócios mais estável, com regras claras, menor tributação e mais investimentos em inovação e tecnologia, seguindo o exemplo dos países mais bem colocados.
Para melhorar a eficiência governamental no Brasil, Hugo Tadeu sugere avaliar a qualidade do gasto público e seu impacto na economia e sociedade. Ele enfatiza a importância de um ambiente com regras claras, menor tributação e maior eficiência na alocação de recursos públicos para estimular o crescimento, reduzir o endividamento e aumentar a produtividade.
Para avançar em pontos estruturais da política, Tadeu defende a necessidade de lideranças engajadas na gestão da mudança, focando em pautas como o potencial verde do Brasil, a exportação de conhecimento, a melhoria na gestão das cidades e a redução das desigualdades. Ele acredita que o Brasil precisa criar uma agenda de transformação e voltar a ter orgulho de pautas que estimulem o crescimento.
Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil adote medidas para aumentar a sua eficiência governamental no Brasil, buscando se aproximar dos líderes globais e melhorar o ambiente de negócios e o desenvolvimento social. A reavaliação dos gastos públicos, a redução do protecionismo e o investimento em inovação e tecnologia são passos importantes para alcançar esse objetivo.
Via InfoMoney