Brasil fica entre os piores no ranking global de aposentadorias, destaca Enem 2025

Brasil ocupa 40º lugar em ranking global de aposentadorias, mostrando desafios para a população idosa.
10/11/2025 às 15:32 | Atualizado há 18 horas
               
Ranking de aposentadorias
Brasil está entre os últimos no ranking global de renda e saúde dos idosos. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O tema do Enem 2025 abordou o envelhecimento na sociedade brasileira e trouxe à tona a situação das aposentadorias no país. O Brasil ficou na 40ª posição entre 44 países no Índice Global de Aposentadoria da Natixis, evidenciando desafios sérios para a população idosa.

O estudo avaliou fatores como bem-estar material, saúde, finanças e qualidade de vida, destacando que o Brasil tem desempenho baixo na maioria desses indicadores. A necessidade de melhorar políticas públicas, especialmente para trabalhadores informais, ficou clara na análise.

A formalização via Simples Nacional e MEI tem sido uma estratégia para ampliar a cobertura previdenciária, mas o país ainda precisa avançar em segurança financeira para garantir uma aposentadoria digna aos idosos.
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O tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira” no Enem 2025, trouxe à tona discussões sobre etarismo e economia, revelando preocupações financeiras dos idosos, especialmente sobre a aposentadoria. O Brasil ocupa a 40ª posição entre 44 nações no mais recente Índice Global de Aposentadoria da Natixis, superando apenas China, Turquia, Colômbia e Índia. Este cenário evidencia a necessidade de atenção e melhorias nas políticas de amparo à população idosa no país.

O Ranking de aposentadorias da Natixis, em sua 13ª edição, avalia 18 indicadores agrupados em quatro subíndices: bem-estar material, acesso a serviços financeiros, saúde e qualidade de vida. Esses indicadores oferecem uma visão abrangente das condições que permitem uma aposentadoria digna e segura.

No quesito “Bem-estar Material”, são considerados a igualdade de renda, a renda per capita e o nível de desemprego. Na área de “Saúde”, avalia-se a expectativa de vida e os gastos com saúde, tanto para segurados quanto para não segurados. Já em “Qualidade de Vida”, são levados em conta a felicidade, a qualidade do ar, o acesso à água e saneamento, a biodiversidade, o habitat e fatores ambientais.

A análise de “Finanças na Aposentadoria” abrange a dependência da população idosa, a inadimplência em empréstimos bancários, a inflação, as taxas de juros, a pressão tributária, a governança e o endividamento do governo. Esses fatores combinados proporcionam uma avaliação completa do ambiente financeiro para os aposentados.

O Brasil apresenta desempenho inferior no subíndice “Bem-estar Material”, com apenas 27% de соответствие (em uma escala de 0 a 100). Em “Saúde”, o país atinge 52%, enquanto em “Finanças” e “Qualidade de Vida” alcança 59% e 62%, respectivamente. A média geral do Brasil no índice é de 48%, indicando áreas que necessitam de melhorias urgentes para garantir um futuro mais seguro aos idosos.

A Noruega lidera o ranking de aposentadorias, posição que havia perdido para a Suíça em 2024, que agora ocupa o terceiro lugar. A Irlanda, em segundo lugar, tem demonstrado avanços significativos desde 2017. Dinamarca e Islândia fecham o top 5, mostrando que políticas eficazes de bem-estar social podem garantir uma aposentadoria mais tranquila.

Entre as maiores economias, a Alemanha se destaca na 8ª posição, impulsionada por um bom desempenho no “Bem-estar Material”, resultado de baixos índices de desemprego e aumento da renda per capita. Outros países como Reino Unido (14º), Canadá (20º), Estados Unidos (21º) e Coreia do Sul (22º) também figuram no ranking de aposentadorias, mas com diferentes desafios a serem superados.

O estudo da Natixis ressalta a urgência de oferecer cobertura previdenciária adequada a todos os trabalhadores, incluindo os informais, que são os mais vulneráveis financeiramente na terceira idade. A gestora destaca que a formalização do trabalho, através de iniciativas como o Simples Nacional e o MEI, pode aumentar a arrecadação tributária e melhorar a cobertura previdenciária.

O Simples Nacional e o MEI, implementados no Brasil, simplificaram o processo de registro e tributação para pequenos negócios, incentivando a formalização e o acesso a benefícios previdenciários. Entre 2008 e 2013, mais de 2 milhões de trabalhadores autônomos e microempreendedores migraram para a formalidade, demonstrando o impacto positivo dessas políticas.

A formalização do trabalho pode enfrentar obstáculos devido a recessões econômicas, mas o número de empresas participantes desses programas continua crescendo, impulsionando a arrecadação e a cobertura previdenciária. Essas iniciativas mostram que políticas públicas bem desenhadas podem transformar o cenário da aposentadoria no Brasil.

Políticas governamentais que tornam o trabalho formal mais atraente para empregadores e trabalhadores têm um impacto significativo na cobertura previdenciária. O estudo da Natixis destaca a importância de incentivos para a formalização, visando garantir que todos os trabalhadores tenham acesso a uma aposentadoria digna e segura.

Em um mundo onde a população envelhece rapidamente, garantir a segurança financeira na aposentadoria é crucial. O ranking de aposentadorias da Natixis serve como um alerta para os países, incluindo o Brasil, sobre a necessidade de aprimorar suas políticas e programas de bem-estar social, assegurando um futuro mais estável para seus cidadãos idosos.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.