O governo brasileiro respondeu firmemente às ameaças de Tarifas de Trump, que considera adotar uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. A reação veio após uma carta de Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual ele criticava o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e alegava “violação da liberdade de expressão” devido a decisões do STF em redes sociais.
As alegações de Trump também incluíram que as relações comerciais com o Brasil são “injustas” devido a barreiras tarifárias. Em resposta, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Brasília para esclarecimentos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin garantiu que o Brasil não mudará sua postura, argumentando que as tarifas dos EUA são injustas e prejudicam a economia americana. Lula reforçou a soberania brasileira, afirmando que o país não aceitará ser tutelado e responderá com base na Lei da Reciprocidade Econômica, que permite retaliar comercialmente países que imponham barreiras unilaterais aos produtos brasileiros.
No cenário do mercado, o dia apresentou volatilidade, com investidores atentos aos possíveis impactos na economia. Uma notícia positiva foi a expectativa de desaceleração da inflação em junho. O Ibovespa registrou queda de 1,31%, fechando aos 137.480,79 pontos, enquanto o dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,5024, refletindo uma alta de 1,04%.
No cenário internacional, os mercados também avaliaram as potenciais consequências das novas Tarifas de Trump, com o economista Paul Krugman criticando a medida. As bolsas asiáticas fecharam em alta, os mercados europeus operaram positivamente e os índices futuros em Wall Street apresentaram desempenho negativo.
O petróleo apresentou recuo, cotado a US$ 70 o barril, enquanto as criptomoedas tiveram uma manhã positiva, com o bitcoin (BTC) operando a US$ 111 mil e o ethereum (ETH) sendo negociado a US$ 2.700.
A postura do governo brasileiro demonstra confiança em sua política econômica e disposição para defender seus interesses comerciais. O mercado financeiro, por sua vez, permanece atento às possíveis consequências das Tarifas de Trump e outros fatores econômicos que podem influenciar o desempenho do Ibovespa e do câmbio.
Via Money Times
