Brasil mantém COP30 em Belém, ignorando pressões internacionais

Brasil reafirma a realização da COP30 em Belém, enfrentando desafios de hospedagem e pressões externas. Veja os detalhes!
04/08/2025 às 19:41 | Atualizado há 1 semana
COP30 em Belém
Brasil investe bilhões e reafirma Belém como sede da COP30 diante de desafios. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O governo brasileiro confirmou que a COP30 será realizada em Belém, apesar das pressões internacionais e desafios logísticos. Com apenas 100 dias até o evento, as questões de hospedagem se tornaram um foco central das discussões.

Os altos custos e a escassez de acomodações em Belém geraram preocupações entre países em desenvolvimento. Em recente reunião da ONU, o Brasil foi solicitado a mudar a sede do evento, mas insistiu na manutenção do local original, buscando soluções para os problemas levantados.

Com um investimento previsto de R$ 4 bilhões na infraestrutura local, o governo brasileiro pretende apresentar alternativas para as questões de hospedagem. A escolha de Belém visa destacar a Amazônia, embora a situação atual de preços e disponibilidade de hotéis cause frustração entre os representantes.
O governo brasileiro mantém a decisão de realizar a COP30 em Belém, mesmo diante das pressões internacionais e dos desafios logísticos, como o aumento dos preços de hospedagem. A realização da cúpula climática na capital paraense, a menos de 100 dias do evento, tem gerado debates focados na logística, superando as discussões sobre as políticas climáticas globais.

Países em desenvolvimento expressaram preocupação com os altos custos de acomodação em Belém, intensificados pela limitada disponibilidade de quartos. Em uma reunião emergencial do escritório climático da ONU, vários países pressionaram o Brasil para transferir a conferência para outro local, segundo o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.

O governo brasileiro se comprometeu a apresentar soluções em uma próxima reunião, mas fontes asseguram que a mudança de sede não está entre as opções. A questão dos preços e da escassez de acomodações em Belém tem sido levantada por governos e pela UNFCCC há alguns meses.

A UNFCCC chegou a sugerir ao Brasil que parte da **COP30 em Belém** fosse realizada fora da cidade para aliviar a pressão sobre a hospedagem, proposta que foi rejeitada. Questionado pela Reuters, o Palácio do Planalto reiterou que não há discussão sobre a mudança da sede e reafirmou o compromisso com uma conferência climática ampla e acessível.

Belém, com 1,5 milhão de habitantes, possui uma oferta limitada de hotéis. Apesar dos investimentos para melhorar a rede hoteleira para a **COP30 em Belém**, os preços praticados atualmente são de 10 a 15 vezes maiores que os valores regulares, enquanto em outras cidades que sediaram a COP, esse aumento não ultrapassou três vezes, segundo Corrêa do Lago.

As preocupações não se restringem à acomodação. Questões como a proximidade dos quartos aos locais de negociação, a disponibilidade de alimentação e a capacidade dos aeroportos locais também foram levantadas. O governo federal planeja investir R$ 4 bilhões na infraestrutura de Belém, além dos investimentos do governo estadual.

A escolha de Belém como sede da **COP30 em Belém** reflete o desejo de apresentar a Amazônia ao mundo e o interesse do governador do Pará, Hélder Barbalho, em atrair investimentos para o estado. O Brasil ofereceu entre 10 e 15 quartos a preços de até US$ 220 por noite para delegações de países menos desenvolvidos, valor superior aos US$ 146 oferecidos pela ONU para hospedagem, alimentação e transporte.

Corrêa do Lago expressou sua frustração com o fato de a questão da hospedagem estar dominando o debate, desviando o foco das negociações sobre as mudanças climáticas. O Brasil lançou uma plataforma de reservas, mas na manhã de segunda-feira, o site apresentava uma fila de espera de quase 2.000 pessoas, com tarifas variando de US$ 360 a US$ 4.400 por noite.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.