Brasil, México e Chile são os mais expostos às tarifas dos EUA

Estudo revela que Brasil, México e Chile enfrentam riscos tarifários elevados dos EUA.
08/08/2025 às 14:22 | Atualizado há 2 meses
Tarifas dos Estados Unidos
Região vulnerável ao mercado americano na guerra tarifária global. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Um estudo da Moody’s aponta que empresas latino-americanas estão mais expostas aos riscos de tarifas dos Estados Unidos, em comparação com as da Ásia-Pacífico e Europa. No entanto, o impacto nas empresas da região é menor do que o enfrentado por companhias americanas. A avaliação considerou comércio, panorama econômico e mercados financeiros, decidindo que os riscos tarifários têm influência reduzida na qualidade de crédito das empresas da América Latina.

No Brasil, México e Chile, 9% das empresas apresentam exposição direta ao comércio, e 21% estão mais vulneráveis a choques macroeconômicos. Os setores automotivo, de energia e mineração são os mais impactados no Brasil, enquanto no México, a maior dependência das exportações para os EUA agrava sua situação. As tarifas aplicadas por Donald Trump chegaram a 50% em alguns produtos, afetando diretamente o comércio entre os países.

Moody’s também ressalta a necessidade de os governos e empresas da região estarem atentos às mudanças nas políticas comerciais globais. Adaptar-se a esses riscos e aproveitar as oportunidades é essencial para garantir a estabilidade econômica e o crescimento sustentável da América Latina diante das tarifas dos EUA.
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Um estudo da Moody’s, envolvendo cerca de 3,5 mil empresas globais não financeiras, revelou que as companhias latino-americanas estão mais expostas aos riscos relacionados às Tarifas dos Estados Unidos do que seus pares na Ásia-Pacífico e Europa. No entanto, o impacto é menor se comparado às empresas americanas.

A análise da Moody’s classificou a exposição em alta, moderada ou baixa, considerando três fatores principais: comércio, panorama macroeconômico e mercados financeiros. O relatório indica que os riscos tarifários têm um impacto limitado na qualidade de crédito da maioria das empresas latino-americanas avaliadas.

Apenas 9% dessas empresas enfrentam exposição direta no comércio, enquanto 21% estão altamente expostas a choques macroeconômicos e 10% à volatilidade do mercado financeiro. Nesse contexto, México, Brasil e Chile são os países mais afetados pelas políticas comerciais americanas.

México e Brasil foram alvos de tarifas elevadas pelo governo de Donald Trump, atingindo 30% e 50%, respectivamente. Segundo a Moody’s, o México é o país mais vulnerável devido à sua forte dependência das exportações para os EUA, com 76% de seus produtos destinados ao mercado americano.

Os setores automotivo e de energia são os que apresentam maior risco no comércio entre México e EUA. No Brasil, os setores mais afetados são aviação, automotivo, químico, e metais e mineração, refletindo a diversidade de produtos impactados pelas Tarifas dos Estados Unidos.

O México conseguiu adiar a implementação das novas tarifas por 90 dias para negociar um acordo, resultando em tarifas variáveis por produto, incluindo isenções. Atualmente, o país tem imposto de 10% para potássio, 50% para aço e alumínio, e 25% para os demais produtos.

No Brasil, os produtos importados pelos EUA continuam sujeitos a uma tarifa de 50%, mas quase 700 itens foram incluídos em uma lista de exceção, como aeronaves, peças, petróleo e suco de laranja. O Chile se destaca pela alta exposição macroeconômica, principalmente nos setores de metais, químicos e produtos florestais.

Empresas de diversos setores estão altamente expostas, incluindo a mineradora mexicana Fresnillo, a fabricante aeroespacial brasileira Embraer e a produtora agrícola peruana Camposol. A Embraer, no entanto, se beneficia da isenção concedida ao setor aeroespacial, atenuando o impacto das Tarifas dos Estados Unidos.

A análise da Moody’s destaca a complexidade e os impactos diferenciados das Tarifas dos Estados Unidos na América Latina. As empresas e os governos da região precisam estar atentos às mudanças no cenário comercial global para mitigar os riscos e aproveitar as oportunidades.

Entender as nuances das políticas comerciais e a capacidade de adaptação de cada país são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas Tarifas dos Estados Unidos, garantindo a estabilidade econômica e o crescimento sustentável na região.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.