O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, se reuniram na Cidade do México para discutir a modernização do Acordo comercial Brasil-México. O foco do encontro foi a ampliação da integração econômica, com ênfase em produtos agrícolas e aspectos de defesa e saúde entre os dois países.
A atualização do acordo busca melhorar o comércio entre as duas nações, permitindo a abertura de mercados e interações mais eficientes. Foram abordados temas importantes como a rastreabilidade no setor agrícola e a troca de produtos, como abacate e carnes, que já ocorrem entre Brasil e México. Este passo é visto como um avanço significativo para as economias latino-americanas.
Além disso, o compromisso com a saúde farmacêutica foi reforçado com a mutualidade nas análises de medicamentos entre as agências sanitárias. O turismo também foi discutido, com propostas de vistos eletrônicos para fomentar o intercâmbio cultural e comercial entre ambos os países.
“`html
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, reuniram-se na Cidade do México para tratar de assuntos de grande importância para ambos os países. A reunião teve como ponto central a modernização do Acordo comercial Brasil e México, que já está em vigor há mais de duas décadas, visando uma maior integração econômica e comercial. O encontro foi considerado um marco estratégico para o fortalecimento das relações bilaterais.
A modernização do acordo tem como objetivo principal ampliar a integração entre as duas maiores economias da América Latina, com foco na complementariedade econômica. Durante a reunião, foram discutidos temas como a abertura de mercado para produtos agrícolas, incluindo pêssego, aspargos e derivados de atum. Alckmin também solicitou que a rastreabilidade não interrompa o fluxo de comércio entre os países.
É importante lembrar que Brasil e México já realizaram trocas de aberturas de mercado anteriormente, com o Brasil permitindo a entrada de abacate mexicano e o México, de farinha, bovinos e suínos brasileiros. Atualmente, o México ocupa a sexta posição como principal destino das exportações brasileiras e é o sétimo parceiro na corrente de comércio total. Em 2024, o fluxo bilateral alcançou quase US$ 14 bilhões, com destaque para os setores automotivo, agrícola e de carnes.
A cooperação na indústria de defesa também foi um tema estratégico abordado na reunião. Alckmin ressaltou o interesse do México no cargueiro C-390 da Embraer (EMBR3), aeronave que já foi adquirida pelo governo mexicano em um lote de 20 unidades. A Embraer mantém uma operação significativa no México, com mais de mil colaboradores em sua fábrica local. O vice-presidente defendeu o fortalecimento dessa parceria como forma de impulsionar a presença da empresa na região, aproveitando a sinergia entre as capacidades industriais dos dois países.
Na área da saúde, Brasil e México firmaram um acordo que pode acelerar a liberação de medicamentos e reduzir custos no setor farmacêutico. A partir desse novo entendimento, os dois países passarão a reconhecer mutuamente etapas das análises conduzidas pela Anvisa e pela Cofepris (a agência sanitária mexicana). Esse mecanismo tem o potencial de trazer inovação e competitividade para o setor, permitindo que medicamentos sejam lançados mais rapidamente e com custos reduzidos.
Durante o encontro, também foram discutidas medidas para facilitar o turismo entre os dois países, incluindo a implantação de vistos eletrônicos, com o objetivo de fomentar o intercâmbio comercial e cultural. Além disso, Alckmin convidou oficialmente a presidente Claudia Sheinbaum a participar da Conferência do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA) em novembro deste ano. Essa iniciativa reforça o compromisso do Brasil em liderar a pauta ambiental e fortalecer os laços com parceiros estratégicos no continente, em especial o Acordo comercial Brasil e México.
Via InfoMoney
“`
