O Global Summit da Hello Tomorrow, evento que reúne os principais atores do ecossistema de inovação, promoveu debates sobre o futuro das deep techs. Essas startups, que se baseiam em pesquisas científicas e tecnológicas, impulsionam avanços em biotecnologia, novos materiais, energia e inteligência artificial. Em um mundo com desafios ambientais e sociais, essas inovações são essenciais para a competitividade e sustentabilidade.
A participação da Plug and Play Brazil no evento demonstra a importância das deep techs. A delegação brasileira, com o apoio da CNI, FINEP e Embaixada do Brasil em Paris, observou o crescente interesse do governo no setor. No entanto, a experiência europeia mostra que é necessário mais para o desenvolvimento do **ecossistema de deep techs** no Brasil.
Embora o Brasil possua deep techs fortes e diversificadas, falta um alinhamento estratégico entre o setor público, a academia e o mercado para que elas prosperem. A Europa se destaca na criação de políticas públicas para o setor, estruturando um ambiente para pesquisa, financiamento e escalabilidade. A visita à Station F, maior hub de inovação da Europa, mostrou como países europeus articulam diferentes atores para o crescimento dessas startups.
Para que as deep techs consigam crescer e gerar impacto, é crucial fortalecer a ligação entre a pesquisa e o mercado. A FINEP, a FAPESP e a CNI desempenham papéis importantes no financiamento da inovação. A Plug and Play pretende integrar esses atores em iniciativas concretas, como o programa de aceleração de 2025, que buscará aproximar startups do financiamento público e do investimento privado.
A formulação de políticas públicas de incentivo é fundamental para o avanço das startups no Brasil. A Plug and Play se aproxima de ações como o protocolo de Deep Techs, liderado pela FINEP, com o objetivo de criar uma proposta de política pública para apoiar o desenvolvimento dessas startups e seus ecossistemas, alinhada com as missões da Nova Indústria Brasil (NIB).
As deep techs representam uma vantagem competitiva para grandes empresas e para o desenvolvimento sustentável do país. O momento é favorável para o florescimento do setor brasileiro. Diante do protecionismo norte-americano, a Europa busca parcerias tecnológicas com países ambiciosos e dispostos a experimentar.
O Brasil pode aproveitar essa oportunidade estratégica, pois possui capital científico, abundância de recursos e grande potencial de mercado. Para avançar, é necessário aprimorar a articulação e a visão integrada. O país tem potencial para ser protagonista global neste novo ciclo econômico, desde que invista em um **ecossistema de deep techs** forte, articulando o setor privado, o capital e as tecnologias brasileiras.
A participação no Global Summit reforça a urgência dessa mobilização. Assim como outros avanços tecnológicos ocorreram em momentos de pressão socioambiental, este é um momento crítico para definir o futuro da inovação no Brasil. O país tem potencial para ser um polo global de deep techs, mas precisa agir para estruturar esse ecossistema de forma eficiente.
Via Startupi