O mercado de ações reagiu positivamente à possibilidade de solução para a situação da Braskem no Ibovespa. A empresa liderou as altas do dia, influenciada pela ampliação do programa de incentivos para a indústria química e pela expectativa de um acordo entre a gestora IG4 e os bancos credores da Novonor.
A negociação em andamento prevê que a IG4 assuma o controle das ações da Braskem atualmente detidas pela Novonor, que conta com o apoio de grandes bancos e da Petrobras. A assinatura do acordo deve ocorrer nos próximos dias, abrindo caminho para uma nova diretoria e ajustes na estrutura acionária da empresa.
Além da mudança no controle, o avanço na aprovação do Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (PRESIQ) e os novos incentivos fiscais trazem perspectivas positivas para a Braskem. Essas medidas contribuem para a continuidade de investimentos e melhoria do desempenho financeiro da petroquímica no mercado nacional.
O mercado de ações reagiu intensamente às recentes notícias sobre a possível resolução da novela envolvendo o futuro da Braskem no Ibovespa. A empresa, que chegou a liderar as altas do dia, viu seus papéis oscilarem, refletindo a complexidade das negociações em curso e as expectativas em torno de um novo programa de incentivos para o setor químico.
A gestora IG4 está perto de um acordo com os bancos credores da Novonor (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES) para assumir o controle das ações da Braskem. A Novonor detém uma parcela significativa das ações com direito a voto e do capital total da companhia. A confirmação dessa informação pelo InvestNews aponta para detalhes jurídicos pendentes, com a assinatura do acordo prevista para os próximos dias.
Com a iminente troca de controlador, espera-se que uma nova diretoria assuma a gestão da empresa petroquímica. A IG4, liderada pelo gestor Paulo Mattos, já havia firmado um acordo de exclusividade com os bancos credores da Novonor. A Petrobras, sócia da Novonor, acompanha de perto as negociações e aguarda o desfecho para definir seus próximos passos em relação à Braskem.
A definição desse cenário é crucial para as decisões sobre a reestruturação de capital da Braskem, que pode envolver ações, dívidas e a participação da Petrobras. Um fator positivo para a petroquímica é o acordo firmado com o governo de Alagoas, que prevê o pagamento de indenizações relacionadas aos desmoronamentos do solo em Maceió, causados pela extração de sal-gema.
Durante uma teleconferência com analistas, o CEO da Braskem, Roberto Ramos, afirmou que a empresa permanece em “compasso de espera” em relação às negociações. Além disso, a aprovação do Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (PRESIQ), que substitui o Regime Especial da Indústria Química (REIQ), no Senado, trouxe benefícios indiretos para a empresa.
A aprovação do PRESIQ é vista como um alívio para o caixa da Braskem, permitindo que a empresa continue seus investimentos, como a ampliação do complexo industrial no Rio de Janeiro. A XP Inc. estima um aumento no Ebitda da companhia nos próximos anos, impulsionado pela extensão do REIQ.
O projeto de lei que cria o PRESIQ agora aguarda a sanção presidencial. Além disso, a Braskem tem atuado no processo antidumping para o polietileno importado dos EUA e do Canadá. A empresa defende a aplicação de medidas protetivas para a importação do polietileno e a manutenção da alíquota de imposto de importação para resinas de polietileno, polipropileno e PVC.
A aprovação do PRESIQ e as negociações em curso representam um momento decisivo para a Braskem. Os próximos passos da empresa no Ibovespa dependerão das decisões do governo e dos desdobramentos das negociações para a troca de controle. A expectativa é que a Braskem continue a desempenhar um papel importante no setor químico brasileiro, impulsionada por novos investimentos e incentivos fiscais.
Via InvestNews