O BTG Pactual sugere que a taxa Selic pode alcançar dígitos únicos até 2027, dependendo de várias condições econômicas. Entre os fatores estão a inflação em serviços, o comprometimento fiscal do governo e a recuperação das expectativas do mercado. Essas questões são essenciais para essa projeção otimista de juros baixos.
O banco estima que a Selic finalize 2027 em 10,50%, logo após encerrar 2026 em 12%. A taxa deve manter-se em 15% até o final de 2025, com a possibilidade de cortes a partir de 2026. No entanto, uma volta antecipada ao ciclo de cortes das taxas perdeu força devido à inflação elevada, que ainda pressiona a economia.
Para que o Copom comece a cortar juros em 2025, é esperado um enfraquecimento no mercado de trabalho e uma desaceleração no IPCA. A resiliência do mercado e os preços em alta nos serviços continuam a ser desafios. Apesar disso, a melhora das expectativas pode sinalizar um futuro com taxas de juros menores.
Com base em uma análise recente do BTG Pactual, a taxa Selic em um dígito pode se tornar realidade até 2027. Essa projeção otimista depende da combinação de fatores chave, incluindo uma desaceleração da inflação de serviços, a recuperação das expectativas do mercado e um forte compromisso do governo com o ajuste fiscal. Vamos entender melhor essa perspectiva e os desafios que precisam ser superados.
No entanto, o cenário base do banco indica uma taxa Selic de 10,50% no final de 2027, após um fechamento de 12% em 2026. Até lá, a projeção é de que a taxa de juros se mantenha estável em 15% até o final de 2025, com um possível ciclo de flexibilização a partir de janeiro de 2026. A possibilidade de antecipar esse ciclo para dezembro deste ano perdeu força, devido a leituras de inflação acima do esperado e a resiliência do mercado de trabalho.
O BTG Pactual aponta que, para o Comitê de Política Monetária (Copom) considerar o início dos cortes na taxa de juros em 2025, será necessário observar sinais claros de enfraquecimento no mercado de trabalho, além de surpresas positivas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e uma retomada na desaceleração dos serviços. A melhora na ancoragem das expectativas também é fundamental para essa decisão.
Os dados atuais confirmam uma desaceleração na atividade econômica, mais visível nos setores sensíveis ao crédito. No entanto, o mercado de trabalho permanece aquecido, o que gera dúvidas sobre a intensidade dos efeitos do aperto monetário. A inflação tem mostrado maior pressão nos serviços, enquanto bens industriais e alimentos se beneficiam da valorização do real e da queda nos preços das commodities.
A melhora nas expectativas para horizontes mais longos reforça a perspectiva de ancoragem, o que pode abrir caminho para um viés de baixa na Selic terminal. Caso a dinâmica da inflação convirja mais rapidamente e o governo sinalize medidas consistentes para reduzir o desequilíbrio fiscal, a taxa de juro real necessária poderia se aproximar do neutro. Isso permitiria que o Brasil voltasse a operar com juros de um dígito já em 2027.
Essencialmente, a visão do BTG Pactual sobre a Selic em um dígito em 2027 está condicionada a uma série de fatores econômicos e políticos. A capacidade do Brasil de controlar a inflação e manter a disciplina fiscal será determinante para alcançar essa meta.
Via Money Times