A Bunge divulgou resultados financeiros do terceiro trimestre que superaram as previsões do mercado, impulsionada pela aquisição da Viterra e pela alta nas margens do processamento de sementes oleaginosas.
O lucro ajustado por ação atingiu US$ 2,27, acima das projeções de US$ 2,09, refletindo resiliência mesmo em um cenário global adverso para o agronegócio, marcado por ampla oferta de safras e tensão comercial.
A fusão com a Viterra fortaleceu a capacidade de comercialização e processamento da Bunge na América do Sul, especialmente na soja, contribuindo para um aumento de 67% no lucro do segmento de processamento em comparação ao ano anterior.
A Bunge Global divulgou seus resultados do terceiro trimestre, superando as estimativas de Wall Street, impulsionada pela aquisição da Viterra e melhorias nas margens de processamento de sementes oleaginosas. As exportações de soja da América do Sul tiveram um papel importante, já que a China evitou os suprimentos dos Estados Unidos devido às tensões comerciais.
O bom desempenho da Bunge ocorre em um período desafiador para o setor de agronegócios, marcado por amplas ofertas de safras globais e margens reduzidas, com as tensões comerciais impactando o cenário. A empresa tem se destacado frente aos concorrentes com estratégias bem definidas.
O lucro ajustado da Bunge foi de US$ 2,27 por ação, superando a estimativa média dos analistas de US$ 2,09 por ação, de acordo com dados compilados pela LSEG. Apesar de ser o menor resultado do terceiro trimestre desde 2019, demonstra a resiliência da companhia em um mercado instável.
A concorrente Archer-Daniels-Midland (ADM) reduziu sua perspectiva de lucro para 2025, atingindo o nível mais baixo em seis anos, devido à incerteza comercial e política que afetou a demanda e as margens. A Bunge, por outro lado, parece estar mais bem posicionada.
A fusão da Bunge com a Viterra, da Glencore, foi concluída em julho, fortalecendo sua capacidade de comercialização e originação de safras, além de expandir seus negócios de processamento de soja na Argentina. Essa aquisição estratégica tem se mostrado um diferencial.
O segmento de lucro no processamento de soja da empresa registrou um lucro trimestral ajustado de US$ 478 milhões, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, com a unidade de processamento e refino de sementes apresentando resultados ainda melhores.
O lucro da divisão de moagem e comercialização de grãos da Bunge também aumentou, impulsionado pelos ganhos com moagem de trigo e frete marítimo, que compensaram os resultados ruins da comercialização de grãos. A diversificação tem sido uma estratégia bem-sucedida.
Com a conclusão da fusão com a Viterra, a Bunge está preparada para enfrentar os desafios do mercado global de agronegócios e continuar a gerar valor para seus acionistas, mantendo o foco na eficiência e na inovação.
Via Forbes Brasil